sexta-feira, 24 de julho de 2009

«WITTE LEEUW»


Navio holandês da Companhia das Índias Orientais, fortemente armado. Em 1613, surpreendeu (em companhia de três outros navios da sua nacionalidade) dois galeões portugueses que faziam aguada na actual James Bay, na ilha de Santa Helena. Com as velas ferradas e, por isso, incapaz de manobrar, um dos nossos navios -o «Nossa Senhora da Nazaré», que se encontrava sob o mando de D. Jerónimo de Almeida- mandou içar o pendão da padroeira do galeão e abriu fogo sobre os intrusos. Com tanta felicidade, que o 'leão branco' (tradução portuguesa do nome do «Witte Leeuw») foi pelos ares, depois de ter recebido uma salva de artilharia no seu paiol da pólvora. Os outros navios holandeses foram tão maltratados pela metralha dos portugueses, que buscaram a salvação na fuga. Os restos do «Witte Leeuw», que repousam a cerca de 40 metros de profundidade, foram visitados nos anos 70 (do passado século) pelo arqueólogo submarino Robert Sténuit; que estava esperançado em recuperar uma parte substancial do tesouro transportado pelo navio holandês : mais de 1 300 diamantes, jóias pessoais da tripulação e outra mercadoria preciosa. As suas espectativas goraram-se, em parte, já que aquilo que foi possível extrair dos destroços do navio da opulenta Companhia das Índias Orientais resumiu-se a vários canhões de bronze, alguns objectos usuais de bordo e diversas peças de porcelana chinesa da época Ming. Parece que, ainda assim, a exploração dos restos do «Witte Leeuw» se revelou altamente compensadora.

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