terça-feira, 28 de julho de 2009

«AMÉLIA» (IV)


Chamava-se «Yacona», quando foi comprado, em 1899, pelo rei D. Carlos I à Kinghorn, J. Scott & Co. Já em Portugal, recebeu (tal como os seus predecessores) o nome de «Amélia». Era de dimensões muito maiores do que os outros iates seus homónimos. Com efeito, este navio tinha um comprimento de 54,40 m, 8,22 m de boca e deslocava 650 toneladas. Estava equipado com uma máquina de 650 cv, que lhe imprimia uma velocidade máxima de 14 nós. A sua guarnição oscilava entre 36 e 45 homens. Mais do que uma embarcação de recreio, o quarto «Amélia» era um navio orientado para a pesquiza oceanográfica, a actividade estrapolítica preferida do monarca. Que, com o passar do tempo e com a experiência adquirida no decorrer de três campanhas de estudo, se tornara, incontestavelmente, uma figura reconhecida pela comunidade científica. Este «Amélia» era um navio praticamente novo, já que fora construído em 1898. Sendo muito mais espaçoso do que os primeiros iates de D. Carlos, foi possível converter as suas áreas de lazer em laboratórios e outros locais de estudo. Estava armado com um canhão-arpão para captura de cetáceos. Participou em duas campanhas oceanográficas : em 1899 e 1901. Apesar das suas evidentes qualidades, o «Amélia» (IV) não conseguiu satisfazer, ainda assim, as ambições do cientista Carlos de Bragança. Que, em 1901, o substituiu pelo quinto e último navio a receber o nome de Amélia de Orleães. Vendido para o estrangeiro, voltou a navegar com o seu nome original.

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