segunda-feira, 17 de agosto de 2009
«SULTANA»
Navio fluvial de rodas propulsivas laterais, típico da navegação no Mississippi. Assegurava uma carreira regular entre as cidades de Nova Orleães e Saint Louis. Fretado pelo governo dos Estados Unidos, este vapor transportava -no dia 21 de Abril de 1865, poucos dias depois do final da guerra civil e da vitória dos federais- 1 800 soldados da União, libertados dos campos de concentração sulistas, que regressavam aos seus lares, após anos de ausência e de sofrimento. O «Sultana» também levava a bordo um pequeno grupo de prisioneiros confederados e 12 enfermeiras militares, além de um número indeterminado (mas elevado) de passageiros civis. Enfim, o navio navegava com uma carga excessiva, que punha em risco a sua progressão rio acima. O vapor fez uma etapa técnica no porto de Vicksburg, para reparar uma caldeira avariada. E, depois da paragem em Memphis (no Tennessee), o «Sultana» foi sacudido por uma tremenda explosão ocorrida na casa das máquinas. Explosão que deu origem a um incêndio de grandes proporções e lançou o pânico entre os seus passageiros, tanto militares como civis. Muitos deles atiraram-se às águas lamacentas do Mississippi para escapar ao fogo que lavrava a bordo; outros, por não saberem nadar, optaram por permanecer no navio, morrendo ali, sufocados ou queimados. O «Sultana» acabou por afundar-se. O número oficial das vítimas mortais da catástrofe elevou-se a 1 438. Mas é provável que muitas mais tenham perecido nesse desastre, que é considerado, ainda hoje, como o maior drama fluvial de toda a história dos Estados Unidos da América.
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