domingo, 2 de agosto de 2009
«OSEBERG»
Célebre navio viquingue, assim chamado pelo facto de ter sido descoberto, em 1903, enterrado e praticamente intacto, nas proximidades da quinta Oseberg, na região norueguesa de Tonsberg (Vestfold). Este esguio navio funerário foi recuperado, depois de dois anos de trabalho minucioso, pelos arqueólogos Gabriel Gustafson (sueco) e Haakon Shetelig (norueguês). O navio dito de Oseberg é um magnífico exemplar da construção naval medieva dos povos escandínavos, tendo sido realizado (segundo os peritos que o estudaram a fundo) por volta do ano 820. O seu casco é formado por pranchas -de carvalho nórdico, na sua grande maioria- sobrepostas (longitudinalmente) e pregadas segundo uma técnica local que perdurou até aos nossos dias. O navio mede 22 metros de comprimento por 5 metros de largura e deveria dispor, quando navegava, de um mastro que culminava a 9/10 metros. Nesse mastro, hasteava-se, quando necessário, uma vela de pendão com cerca de 90 m2 de superfície. Calcula-se que, assim apetrechado, um navio deste tipo pudesse atingir uma velocidade da ordem dos 10 nós. Os navios desta categoria também podiam ser (em condições de calmaria, por exemplo) movidos por remos, accionados pela sua própria tripulação, que era polivalente. O navio de Oseberg é conservado -com outros navio da sua época e lugar- no explêndido Museu dos Navios Viquingues de Bygdoy, nas proximidades da cidade de Oslo.
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