quarta-feira, 5 de agosto de 2009

«PÉLICAN»


Vaso de guerra de 3ª classe da marinha de Luís XIV. Foi construído em Baiona e lançado à água em 1693. Media 53,70 m de comprimento por 10,70 m de boca e podia deslocar 500 toneladas. Armado com 44 bocas de fogo, foi colocado sob o comando de Pierre Le Moyne d'Iberville, que recebeu ordens -em Abril de 1697- para rumar à baía de Hudson (Canadá) e de ali agir de modo a reconquistar o forte Bourbon, perdido para os ingleses; que o haviam baptizado Fort Nelson e faziam dessa fortificação o seu grande centro do comércio de peles. Na manhã de 5 de Setembro desse mesmo ano de 1697, o «Pélican» entrou (depois de se ter perdido -por causa do nevoeiro- da frota de três navios em que se incluía) na foz do rio Hayes, sendo, de pronto, interceptado e atacado pelos navios britânicos «Hampshire» (de 56 canhões) «Hudson Bay» (de 32 canhões) e «Dering» (de 36 canhões). Tendo optado, durante o renhido combate que se seguiu, por canhonear os inimigos abaixo da linha de flutuação, Le Moyne d'Iberville conseguiu afundar o mais poderoso dos navios rivais, abordar o «Hudson Bay» e apoderar-se de prisioneiros e do seu rico carregamento e por forçar a fuga do terceiro navio de Sua Majestade britânica. Depois de ter verificado que o «Pélican» fora seriamente danificado pelo fogo dos adversários, d'Iberville foi varar o navio numa praia próxima, fazendo depois evacuar a respectiva guarnição, cativos ingleses e mercadoria apreendida. Pierre Le Moyne d'Iberville entrava assim na História de França e do Canadá francófono como um dos seus grandes heróis. O navio «Pelican» também não foi esquecido. Uma cópia (à escala 1/1) do famoso vaso de guerra foi mandada executar -em 1992- por um milionário quebequense amante de História. Mas, por motivos de ordem vária, não foi possível conservá-la.

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