segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

«MAVI MARMARA»


Este navio, que ostenta actualmente bandeira das Comores, foi construído na Turquia pelos estaleiros da firma Türkiye Gemi Sanayi A.S.. É um ‘ferry’ com 4 142 toneladas de arqueação bruta, medindo 93 metros de comprimento por 20 metros de boca. O seu sistema propulsor é constituído por duas máquinas desenvolvendo uma potência de 4 400 Kw, que imprimem ao navio uma velocidade máxima de 10 nós. O «Mavi Marmara» tem capacidade para transportar 1 080 passageiros. Esteve, durante algum tempo, sob a administração comercial de uma transportadora turca, que o utilizou na linha Sarayburnu/Istambul-ilha de Mármara-ilha de Avsa. O navio foi adquirido, em 2010, por uma intitulada Fundação dos Direitos Humanos e da Liberdade e incluído na flotilha reunida por activistas de 37 países diferentes, que decidiram romper o bloqueio israelita às costas de Gaza e levar ajuda moral e humanitária à população desse território palestiniano. A viagem da flotilha foi interrompida por comandos das forças armadas de Israel, que abordaram as embarcações em águas internacionais; e que mataram 9 pessoas (todas de nacionalidade turca) e feriram dezenas de outras, nos violentos confrontos que provocaram. Além de terem apreendido material (produtos alimentares, medicamentos, brinquedos, livros, roupas, móveis, geradores eléctricos, cimento, etc) no valor de 20 milhões de dólares. Este incidente (que muita gente assimilou a um puro acto de pirataria) provocou grande celeuma internacional e contribuiu para degradar as relações, até então boas, existentes entre a Turquia e o estado judaico. O «Mavi Marmara» (no qual foram detectados 250 impactos de balas) acabou por ser liberdade pelos israelitas e voltou à Turquia no dia 26 de Dezembro de 2010, sendo recebido em Istambul com grandes manifestações de alegria por milhares de pessoas.

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