domingo, 26 de dezembro de 2010

«CACILHENSE»


Este barco da frota da Transtejo, que assegura a ligação entre Lisboa e a outra banda, é cabeça de uma série de oito embarcações que compreende também o «Campolide», o «Dafundo», o «Palmelense», o «Seixalense», o «Sintrense», o «Madragoa» e o «Montes Claros». Entraram ao serviço entre 1980 e 1982, depois de terem sido, todos, construídos em estaleiros portugueses, a saber : pela Foznave (da Figueira da Foz), pela sociedade Argibay (de Alverca) e pelos Estaleiros Navais de São Jacinto (Aveiro). O «Cacilhense» (assim como todas as unidades da sua classe) tem um monocasco em aço, apresenta uma arqueação bruta de 304 toneladas e mede 29,20 metros de comprimento por 7,25 metros de boca . O seu calado é de, apenas, 1,80 metro. Este barco tem capacidade para 476 passageiros sentados, que podem distribuir-se por quatro amplos salões. Possui instalações sanitárias. O seu sistema propulsivo, constituído por um motor diesel (MTU 8V 396 TC) e por um hélice de passo variável, permite-lhe navegar à velocidade máxima de 10 nós. O «Cacilhense» é uma embarcação praticamente sem história, mas cuja utilidade é muito apreciada pelos milhares de viajantes (sobretudo trabalhadores) que todos os dias transpõem o Tejo com a segurança e o conforto relativo que este barco lhes proporciona durante a curta travessia do rio. Essa relação entre o povo e este e outros dos seus congéneres (que não é só utilitária) está bem patente nos versos das várias canções que prestam homenagem aos infatigáveis cacilheiros.

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