«BLÜCHER»

Cruzador pesado da marinha hitleriana. Pertencia à classe ‘Admiral Hipper’, cujos navios deslocavam mais de 18 000 toneladas em plena carga. Construído pela casa Deutsche Werke, de Kiel, em 1937, o «Blücher» media 212,50 metros de comprimento por 21,30 metros de boca. Funcionava com 3 turbinas a vapor desenvolvendo uma potência de 132 000 cv e podia navegar à velocidade máxima de 32,5 nós. Estava razoavelmente blindado e o seu armamento principal era constituído por 8 canhões de 203 mm, 12 outros de 105 mm, 12 peças AA de 37 mm e 12 tubos lança-torpedos de 533 mm. Transportava 2 hidroaviões Arado Ar-196. A sua guarnição era composta por 1 600 homens. O «Blücher» começou a sua carreira militar como navio-escola, ministrando instrução a oficiais e marinheiros no mar Báltico. Quando rebentou a 2ª Guerra Mundial e se começaram a preparar os planos da invasão da Noruega, este cruzador foi incluído na lista de unidades navais que deveriam participar na chamada ‘Operação Weserübung’. Integrado no grupo de invasão 5, o navio largou de Swinemünde às 6 horas da manhã do dia 7 de Abril de 1940, na companhia de outros navios da ‘Kriegsmarine’. Levava a bordo 800 homens da 163ª divisão de infantaria (do exército), que deviam desembarcar em Oslo em vista de uma rápida conquista da capital norueguesa. Mas, no dia 9, quando a força naval germânica entrou no fiorde de Oslo, foi atacada pelas baterias costeiras de Oskarborg e de Dröbakenge, que se encarniçaram particularmente contra o «Blücher», causando-lhe estragos importantes. O navio prosseguiu, porém, a sua rota, até que, às 5,40 horas, foi atingido por dois torpedos disparados pelas forças de defesa norueguesas que guarneciam a ilha de Kaholmen. Irremedivalmente perdido, o navio ainda percorreu mais duas milhas, até que se afundou junto à ilhota de Askholmen. O soçobro do cruzador foi, no entanto, suficientemente lento, para permitir que grande parte da guarnição e soldados transportados se pudesse salvar. O número de vítimas do combate e do afundamento do «Blücher» não ultrapassou 125 marinheiros e 195 soldados de infantaria. Em relação à operação que concorreu para a perda desta importante unidade da marinha nazi, os especialistas ainda hoje se interrogam sobre o que levou à sua execução, quando era sabido dos alemães que o fiorde de Oslo estava protegido por uma poderosa artilharia de costa e por perigosos campos de minas.