O navio «Araraquara» era um paquete da frota da Companhia de Navegação Lloyd Brasileiro S.A., que foi afundado no dia 15 de Agosto de 1942, a 12 milhas do litoral do estado de Sergipe, pelo submarino alemão «U-507». O navio em apreço era uma unidade de 1 872 toneladas (com 118 m de comprimento por 16,30 m de boca), construída em 1927 no estaleiro da firma italiana C.F.C.N.T., de Monfalcone, e que, há vários anos, assegurava uma carreira regular entre os portos do Rio de Janeiro e do Recife, com escalas em Salvador da Bahia e em Maceió. No momento da inesperada agressão germânica seguiam a bordo do navio 81 homens de equipagem e 96 passageiros, sobrevivendo (à explosão que abalou o paquete e causou o soçobro) apenas 11 pessoas. O afundamento do «Araraquara» e o emocionante testemunho de alguns náufragos, que afirmaram ter sido a sua baleeira alvo de tiros de metralhadora provenientes do submarino, causaram uma onda de indignação em todo o Brasil (país neutro), até porque 5 dos seus navios mercantes foram torpedeados pelo mesmo submersível em somente 48 horas. Estas (e outras) agressões, que causaram muitas centenas de vítimas, levaram o Brasil a reconsiderar a sua política de neutralidade e acabaram por obrigá-lo a declarar guerra ao Eixo Alemanha-Itália-Japão.
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