segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
«DUNKERQUE»
Cruzador pesado da marinha militar francesa. Foi construído no arsenal de Brest, que o lançou à água no dia 2 de Outubro de 1935. Dado como terminado em 1937, o «Dunkerque» integrou os efectivos da armada nesse mesmo ano. Era um soberbo navio de 30 750 toneladas (em plena carga), com 214 metros de comprimento por 31 metros de boca. O seu sistema propulsivo compreendia 6 caldeiras, 4 turbinas (desenvolvendo 130 000 cv de potência) e 4 hélices. Podia navegar à velocidade de 31 nós e o seu raio de acção era de 7 500 milhas náuticas. A blindagem do «Dunkerque» era satisfatória e o seu armamento constituído por 8 canhões de 330 mm, por 16 canhões de 130 mm, e por uma multitude de peças de menor calibre, incluindo 8 AA de 37 mm. Estava dotado com um dispositivo de catapultagem e recolha de hidroaviões. Contava com uma guarnição de 1 500 homens. Teve um gémeo : o «Strasbourg». Imediatamente após a declaração de guerra à Alemanha, este cruzador participou na perseguição aos corsários nazis actuando no Atlântico. Em Abril de 1940, o «Dunkerque» foi integrar a força naval do almirante Gensoult baseada em Mers-el-Kebir, na Argélia. Foi ali que, depois da França ter capitulado, o navio (e o resto da esquadra gaulesa do norte de África) foi surpreendido pelo raide britânico de 3 de Julho, que o colocou temporariamente fora de combate. Aquando desse ataque (que causou, em França, uma enorme onda de antipatia contra a Inglaterra), o navio encaixou quatro impactos de obus de 380 mm, disparados por unidades da ‘Royal Navy’. Três dias mais tarde, o «Dunkerque» foi atacado por aparelhos Fairey ‘Swordfish’ do porta-aviões «Ark Royal», que conseguiram atingi-lo com um torpedo. Depois de uma reparação sumária, o cruzador logrou atravessar o Mediterrâneo e atingir a base de Toulon, onde deveria ser submetido a trabalhos de maior envergadura. Mas, no dia 27 de Novembro de 1942, a frota ali estacionada, recebeu ordens para se afundar voluntariamente, a fim de escapar a uma eventual captura pelos nazis. O «Dunkerque» foi, assim, um dos cerca de noventa navios a consentir esse inaudito sacrifício. Reemergido em 1945, o cruzador permaneceu inactivo no porto de Toulon até 1958, ano em que foi desmantelado.
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