segunda-feira, 22 de agosto de 2016

«HAVERFORD»

Este paquete foi construído, em 1901, no estaleiro escocês de John Brown & Cº (Clydebank) por encomenda da American Line. Serviu, sucessivamente e por conta do seu primeiro armador, nas linhas Southampton-Nova Iorque e Liverpool-Filadélfia. Nos anos que precederam a Grande Guerra, ainda esteve (em regime de aluguer) na carreira Antuérpia-Nova Iorque, da Red Star Line, e na ligação Liverpool-Halifax-Portland da Dominion Line. Quando, em 1914, rebentou o primeiro conflito generalizado, o «Haverford» foi mobilizado para servir como navio de transporte de tropas. Em 1917, ao largo da costa irlandesa, sofreu o ataque de um submarino alemão, que lhe causou avarias importantes e matou 7 pessoas a bordo. O navio conseguiu, no entanto, sobreviver à agressão do inimigo e recuperar dos danos após 6 meses de reparações. No ano seguinte -o último da guerra- o navio sofreu novo ataque de um submersível, no Atlântico norte, mas, uma vez mais, não afundou. O «Haverford» regressou ao serviço civil em 1920, à linha Liverpool-Boston-Filadélfia, onde se manteve durante quatro anos. Mesmo depois de ter sido adquirido (em 1921) pela White Star Line; alternando todavia, com o trajecto Hamburgo-Nova Iorque. Em 1924 o «Haverford» confrontou-se com uma série de problemas estruturais e no seu sistema eléctrico, cuja resolução exigia do armador um grande investimento. Assim, ainda nesse ano, este transatlântico foi desclassificado e vendido para a sucata. Rebocado para um estaleiro especializado de La Spezia (Itália), ali foi desmantelado em 1925. Apresentava-se como um navio de 11 635 toneladas de arqueação bruta, medindo 162 metros de longitude por 18 metros de boca. As suas 2 máquinas a vapor garantiam-lhe uma velocidade de cruzeiro de 14 nós. Na sua versão inicial podia receber 150 passageiros de 2ª classe e 1 700 passageiros de 3ª. Sendo esta última geralmente ocupada por emigrantes.

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