terça-feira, 22 de abril de 2014

«CHITOSE»

Navio de guerra da marinha imperial japonesa, concebido para o transporte e uso operacional de hidroaviões. Foi construído no arsenal de Kure em 1938. Com a entrada em guerra do Japão contra os Estados Unidos da América, o «Chitose» foi considerado ultrapassado e enviado para os estaleiros de Sasebo, para que fosse transformado em porta-aviões ligeiro. Só voltou ao activo em 1943 e a sua experiência de combate resumiu-se a um único confronto com a 'US Navy'. Situação que ocorreu durante a batalha aeronaval do Golfo de Leyte, aquando de uma operação de iniciativa nipónica para barrar o caminho às forças norte-americanas do general McArthur que iam tentar reconquistar as Filipinas. Durante essa batalha, o «Chitose» projectou com êxito os seus aviões de combate; que seriam, no entanto, todos eles destruídos pelo adversário. Desprotegido, o porta-aviões em apreço foi alvo da aviação naval inimiga e afundado às 9 h 37 do memorável dia 25 de Outubro de 1944. Nota curiosa : o outro navio da sua classe, o «Chiyoda», teve idêntica sorte e foi, também ele, mandado para o fundo (no decorrer da mesma batalha), cerca de 3/4 de hora depois do soçobro do «Chitose». Características do navio : 15 500 toneladas de deslocamento; 201,45 metros de comprimento; 20,80 metros de boca; 7,50 metros de calado. A potência do seu sistema propulsivo era de 56 800 cv, força que permitia ao navio atingir a velocidade máxima de 29 nós e de beneficiar de um raio de acção de 5 000 milhas náuticas. Armamento : 8 canhões de 127 mm, 30 peças AA de 25 mm e 30 aviões. Equipagem : 800 homens.

domingo, 13 de abril de 2014

«NIOBE»

A «Niobe» não era propriamente falando um navio. Mas, isso sim, uma bateria flutuante de defesa antiaérea. A sua história começou a 15 de Maio de 1940, aquando da invasão dos Países-Baixos pelas tropas hitlerianas. Nesse dia, forças nazis apoderaram-se de um velho e desclassificado cruzador-couraçado de nome «Gelderland». Um navio da classe 'Holland', construído em 1899. Durante três longos anos, os germânicos procederam à sua transformação, até que, já em 1944, os trabalhos foram dados como concluídos. Ainda nesse ano, a plataforma de defesa antiaérea foi encaminhada para o porto de Kotka, na Finlândia, afim de assegurar a defesa de um troço da costa desse país, aliado do regime de Adolf Hitler. A «Niobe» estava, então, artilhada com 8 peças de 105 mm, com 4 de 40 mm e com 16 outras de 20 mm, o que fazia dela uma temível fortaleza flutuante do dispositivo de defesa contra aeronaves. Aeronaves soviéticaas, naturalmente, visto a proximidade das fronteiras russo-finlandesas. Apesar de eriçada de poderosos canhões, esta bateria flutuante não pôde resistir a um assalto da aviação moscovita, que -no dia 16 de Julho desse mesmo ano de 1944- a afundou sem remissão. Afirmou a propaganda nazi da época, que a «Niobe» só sucumbiu, depois de ter derrubado 9 aviões inimigos.O que até pode ser verdade, quando se imagina a concentração de armas antiaéreas com que estava equipada. Já depois da guerra, em 1947, as autoridades finlandesas tomaram a iniciativa de reemergir a «Niobe». Cuja carcaça foi desmantelada 'in situ' no ano de 1953. As dimensões desta singular plataforma AA eram as seguintes : 100 metros de comprimento por 15,20 metros de largura máxima. Parece que a sua guarnição rondava os 300 homens.

«JAMES CRAIG»

Barca de 3 mastros e casco de ferro. Foi lançada à água pelos estaleiros ingleses Bartram, Haswell & Cº em 1874, com o primitivo nome de «Clan McLeod» Navegou até 1899 com as cores dos armadores escoceses T. Dunlop e Roderick Cameron (ambos de Glásgua), sendo depois vendido a J.J Craig, de Aukland (Nova Zelândia), que lhe deu o nome que ainda hoje usa. Durante os seus primeiros 26 anos de serviço, carregou frete diversificado e dobrou 23 vezes o tormentoso cabo Horn. Passou, mais tarde a navegar exclusivamente em águas da Austrália e da Nova Zelândia, onde se manteve activo até 1911. Altura em que deixou de ser lucrativo, devido à concorrência dos navios a vapor. Ainda foi usado como simples transporte de carvão, antes de ser definitivamente abandonado, em Recherche Bay, na Tasmânia. Em 1972 começou o seu restauro, quando já se encontrava num estado de conservação lastimável. O responsáveis pela sua recuperação foram nostálgicos australianos da marinha à vela, que levaram cerca de 30 anos para assegurar a sua salvaguarda. O «James Craig», que actualmente faz parte do Património Naval de Sidney, participa em eventos de índole histórica e, enquanto navio-museu, recebe inúmeros visitantes; que contribuem, em parte, com as verbas necessárias à sua conservação, que rondam, anualmente, o milhão de dólares. Este navio (que realizou a sua viagem inaugural em 1874, entre a Inglaterra e o Peru) apresenta 671 toneladas de arqueação bruta e mede 54,80 metros de comprimento por 9,50 metros de boca. O seu calado é de 3,70 metros. Os seus mastros podem desfraldar 21 velas, que lhe conferem uma velocidade máxima de 14 nós, com ventos favoráveis. A sua tripulação normal é de 16 homens. O valor histórico do «James Craig» é verdadeiramente excepcional, visto ser um dos 3 veleiros do século XIX que ainda navegam com uma certa regularidade.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

«IMPERO»

Couraçado italiano. Foi lançado à água pelos estaleiros Ansaldo, de Sestri Ponente (Génova), a 15 de Novembro de 1938, já depois de Mussoulini ter envolvido o seu país nos combates da Segunda Guerra Mundial. Previsto para deslocar  mais de 40 000 toneladas em plena carga, este navio da classe 'Littorio' nunca foi concluído. Pelo facto da 'Regia Marina' ter, então, concentrado os seus esforços na realização de navios de menor porte, considerados prioritários : 'destroyers', torpedeiros, submarinos. Para prevenir um ataque da armada francesa, este navio foi levado para o Adriático. Primeiramente para Brindisi e, mais tarde, para Veneza e Trieste, tendo chegado a este último porto em Janeiro de 1942. Em Setembro de 1943, após a queda do 'duce', os alemães ocuparam Trieste e ainda encararam a possibilidade de o recuperar; mas essa ideia foi rapidamente abandonada. O casco inacabado do «Impero» foi afundado aquando de um raide da aviação norte-americana ocorrido em Fevereiro de 1945. A carcaça do «Impero» foi emergida depois de ter terminado o conflito e conduzida ao arsenal de Veneza, onde -entre 1947 e 1950- se procedeu ao seu desmantelamento. O comprimento do navio ultrapassava os 240 metros e a sua boca atingia os 33 metros. Nota : a imagem anexada mostra o navio italiano, tal como ele seria depois de totalmente equipado e entregue à frota comanditária.

«LA MARSEILLAISE»

Cruzador ligeiro da armada francesa. Pertenceu à classe 'La Galissonnière', da qual foram construídos 6 unidades. O navio em apreço foi construído em Saint Nazaire pelos Ateliers et Chantiers de la Loire e integrou os efectivos da marinha de guerra gaulesa em 1937. O cruzador «La Marseillaise» deslocava 9 100 toneladas em plena carga e media 179,50 metros de comprimento por 17,50 metros de boca. O seu calado era de 5,35 metros. O seu sistema propulsivo (que compreendia 4 turbinas, 4 caldeiras e 4 hélices) desenvolvia uma potência de 84 000 cv, força que lhe permitia navegar à velocidade máxima de 31 nós e de dispor de um raio de acção superior a 3 000 milhas náuticas. Este navio, tinha uma guarnição de 764 homens, estava razoavelmente couraçado e dispunha do seguinte armamento : 9 canhões de 152 mm, 8 outros de 90 mm, 8 de 37 mm, 12 peças antiaéreas de 13,2 mm, 4 tubos lança-torpedos de 533 mm e 2 hidroaviões. O cruzador ligeiro «La Marseillaise» foi um dos navios sacrificados em Toulon, quando, a 27 de Novembro de 1942, foram dadas ordens superiores para que se afundassem, voluntariamente, os vasos de guerra ali fundeados. Isso, a fim de escaparem ao confisco por parte das forças de ocupação alemãs e à sua utilização futura pela 'Kriegsmarine'. Devorado pelo fogo e semi-afundado, o navio «La Marseillaise» foi considerado irrecuperável e, em consequência disso, foi desmantelado no imediato pós-guerra.