domingo, 16 de agosto de 2015
USAMBARA»
Construído nos estaleiros navais da firma Blohm und Voss de Hamburgo, este navio de vocação mista (transporte de passageiros e carga) foi lançado à água em 1923. O seu comanditário e armador -até 1939- foi a companhia de navegação Deutsche Ost-Afrika (reestruturada após a ascensão de Hitler ao poder), que o colocou em serviço na sua linha mais emblemática : a que ligava Hamburgo aos portos da costa oriental de África. Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, o «Usambara» foi requisitado pelos nazis e colocado à disposição da 'Kriegsmarine'; que, num primeiro tempo, o transformou na Escola de Torpedos. Mas em 1941, o navio já funcionava, em Sttetin (hoje Szczecin, na Polónia) como plataforma de apoio à 4ª Flotilha de Submarinos. No final da guerra, o «Usambara» foi seriamente avariado, pelo facto de ter sido alvo de vários bombardeamentos aéreos dos Aliados. O fim deste belo navio mercante (obrigado a cumprir serviço militar, para o qual não tinha aptidões) chegou no dia 20 de Março do ano terminal do conflito, ao ser afundado a leste da ilha de Kranichwerder. Foi reemergido no pós-guerra e desmantelado logo a seguir. O «Usambara» apresentava 8690 toneladas de arqueação bruta e media 137 metros de comprimento por 17,75 metros de boca. Estava equipado com 1 máquina a vapor (4 turbinas) desenvolvendo uma potência de 3 400 Bhp, força que lhe conferia uma velocidade máxima de 12,5 nós. Tinha uma tripulação constituída por 150 membros e podia acolher a bordo 300 passageiros, incluindo 100 de 1ª classe. É importante não confundir este navio (gémeo do «Njassa») com um seu homónimo de construção anterior à Grande Guerra. Curiosidade : no belo cartaz que aqui o representa, a bandeira portuguesa está hasteada no mastro de vante; sinal de que o «Usambara» navega em águas moçambicanas.
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