domingo, 2 de agosto de 2015
«JEAN MERMOZ»
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O paquete francês «Jean Mermoz» foi lançado ao mar no dia 17 de Novembro de 1956, pelos estaleiros Dubigeon, de Penhoet, Saint Nazaire, que o construíram. O primeiro armador deste elegante navio foi a Compagnie Fabre-Fraissinet, que o colocou em serviço no início do mês de Maio de 1957. Nesse tempo, este paquete fazia a carreira de Marselha a Pointe Noire (no então Congo francês), com escalas no Funchal e num porto canarino. Apresentava uma arqueação bruta de 10 487 toneladas e media 161,96 metros de comprimento por 19,76 metros de boca. Foi equipado para receber 1030 passageiros, distribuídos por cinco classes distintas. O «Jean Mermoz» podia navegar à velocidade de 16 nós. Por meados da década de 60, vítima, por um lado, da independência das colónias francesas da África Ocidental e, por outro lado, da concorrência da aviação comercial, este navio foi retirado dessa linha e passou a ostentar as cores da companhia Paquet, que lhe reduziu o seu primitivo nome para «Mermoz» e o lançou no negócio dos cruzeiros. Não sem que, antes, em 1962, este navio tenha participado na evacuação de tropas e civis da Argélia; ex-colónia do norte de África que conquistou, nesse ano, a sua independência política. Durante 20 anos, o «Mermoz» levou turistas a todos os recantos do planeta, clientela que muito apreciava o seu conforto e o profissionalismo e simpatia da sua tripulação. Em 1985, o navio em apreço trocou a bandeira francesa pela das Bahamas, pelo facto de ter sido registado em Nassau. E depois disso, o «Mermoz» (nome que homenageava um audaz piloto-aviador dos anos 30) mudou várias vezes de proprietário (Costa, Carnival, Louis) e de pavilhão. Este elegante navio -que sofrera, em 1969-1970, grandes trabalhos de modernização, executados pelos estaleiros Maclotti, de Génova- foi declarado obsoleto em finais do século passado e, com o derradeiro nome de «Serenade», foi encaminhado, em inícios da actual centúria, para um estaleiro de Alang (na Índia) para que ali procedesse à sua demolição.
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