segunda-feira, 1 de junho de 2015
«ALEKSANDR SIBIRIAKOV»
Quebra-gelos soviético. Foi construído em Glásgua (Escócia) no ano de 1909, pelos estaleiros da D. & W. Henderson Ltd. Navegou com o primitivo nome de «Bellaventure» até 1916, ano em que foi adquirido pelo governo russo e transferido para Arkhangelsk, seu novo porto de registo. Em 1917, aquando da revolução bolchevique, caíu em poder dos soviéticos que mantiveram o consensual nome de «Aleksandr Sibiriakov», dado ao navio pelas autoridades imperiais. Este quebra-gelos -que sempre operou no Árctico- era um navio de 1 283 toneladas e com 76,50 metros de comprimento por 10,80 metros de boca. O seu calado era de 6 metros. Estava equipado com 1 máquina a vapor, desenvolvendo uma potência de 2 360 cv. A sua velocidade máxima, em mar aberto, era de 13 nós. Tinha uma tripulação de 104 homens. Em 1932, o «Aleksandr Sibiriakov» empreendeu a primeira travessia (sem interrupção invernal) do oceano Glacial Árctico. Para essa histórica viagem, zarpou de Alkhangelsk a 28 de Junho, contornou a Nova Zembla e percorreu o mar de Laptev. Já perto da boca do rio Kolyma, o quebra-gelos sofreu uma importante avaria que o privou do uso do hélice. Depois de uma deriva de 11 dias, a sua equipagem improvisou um sistema vélico e foi com ele que o navio conseguiu atingir o estreito de Bering no mês de Outubro. Fez, depois, uma escala no porto japonês de Yokoama, onde lançou ferro após 65 dias de esforçada navegação; durante a qual percorreu 2 500 milhas náuticas nos mares mais perigosos do mundo. Este feito teve repercussões internacionais e, de volta, à Europa, os marinheiros soviéticos foram recebidos em apoteose. Durante a Segunda Guerra Mundial, o «Sibiriakov» foi armado com algumas peças de artilharia de 76 mm e de 45 mm e -a 25 de Agosto de 1942- sustentou um combate desigual (ao largo da ilha Russky) com o cruzador pesado «Admiral Scheer», da armada nazi. Este, dispondo de canhões de 280 mm, não lhe deixou a mínima oportunidade de sobreviver à luta, atingindo-o sem remissão e afundando-o. Da sua tripulação, apenas um marinheiro fogueiro foi poupado, tendo os restantes membros da tripulação sido mortos ou feitos prisioneiros. No fim do conflito, somente 15 homens da guarnição do «Aleksander Sibiriakov» haviam sobrevivido.
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