quarta-feira, 18 de julho de 2012

«GNEISENAU»



Cruzador de batalha da armada hitleriana. Pertenceu à classe ‘Scharnhorst’, navio com o qual ele partilhava as seguintes características : 38 000 toneladas de deslocamento (em plena carga), 235 metros de comprimento, 30 metros de boca. O «Gneisenau» foi construído pelo estaleiro Deutsche Werke, de Kiel, que o lançou à água a 8 de Dezembro de 1936. O seu sistema propulsor desenvolvia uma potência superior a 151 000 cv, o que lhe permitia navegar à velocidade máxima de 31 nós e lhe facultava uma grande autonomia (71 000 milhas náuticas em andamento moderado). Do armamento principal deste soberbo navio de guerra faziam parte 9 canhões de 283 mm, 12 de 150 mm e 14 peças antiaéreas de 105 mm. O navio estava equipado com uma catapulta a vapor e com 3 hidroaviões Arado Ar-196. A guarnição do navio era constituída por 1 670 homens, pertencendo 56 deles ao corpo de oficiais. A história deste cruzador de batalha germânico está, sobretudo, associada a duas acções primordiais da guerra naval : a Operação Juno, em 1939, durante a qual este navio e o seu gémeo afundaram várias unidades combatentes da ‘Royal Navy’ (o cruzador «Rawalpindi», o porta-aviões «Glorious» e os contratorpedeiros «Ardent» e «Acasta») e navios mercantes dos Aliados, totalizando 116 000 toneladas; e a Operação Cerberus, que (em Fevereiro de 1942) consistiu em desautorizar os britânicos, que haviam proibido o acesso ao canal da Mancha de unidades importantes da ‘Kriegsmarine’. Apesar de ter sofrido mais de vinte ataques aéreos por parte da R.AF., o «Gneisenau» (acompanhado por dois outros navios alemães) logrou sair do porto de Brest, forçar essa passagem marítima de interesse estratégico vital e alcançar Kiel, na Alemanha. O navio sofria trabalhos de reparação num estaleiro desse porto de guerra, quando -na noite de 27 de Fevereiro de 1942- foi atingido por bombardeiros britânicos, que lhe causaram tantos danos materiais (além de terem morto 112 dos seus marinheiros) que o colocaram, definitivamente, fora de combate. As tentativas de restauro do navio nunca chegaram a termo, mas, em Março de 1945, a marinha nazi ainda utilizou este cruzador de batalha para bloquear o porto polaco de Gdynia, na desesperada e vã tentativa de travar o avanço do Exército Vermelho. Curiosidade : este cruzador foi um dos inúmeros navios alemães que recebeu, ao longo dos tempos, o nome do marechal prussiano August Neidhardt von Gneisenau, uma das maiores autoridades militares europeias do seu tempo.

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