sexta-feira, 20 de julho de 2012

«ALUMINAUT»



Construído em 1965 pela empresa norte-americana Reynolds Metals Company, segundo um conceito que datava dos tempos da Segunda Guerra Mundial, o «Aluminaut» era um submersível destinado a evoluir a grandes profundidades. Com 16 metros de comprimento, este engenho deslocava 81 toneladas em imersão e podia transportar 3-4 passageiros. O «Aluminaut», que foi equipado com um sistema propulsor composto por motores diesel/eléctricos, podia mergulhar à profundidade fenomenal de 4 500 metros. Dispunha de tecnologia sofisticada para o tempo (braços mecânicos para recolha de amostras, sonares -entre os quais se contava um aparelho de varrimento lateral- etc). Estudado para executar trabalhos científicos de natureza vária (arqueologia submarina, busca e salvamento, prospecção petroléfera, exploração e mapeamento do relevo submarino, e outros) o «Aluminaut» distinguiu-se em 1966, quando contribuiu (com o «Alvin»), de maneira decisiva, para encontrar uma bomba H caída ao largo da costa espanhola do Mediterrâneo (Palomares), na sequência do choque acidental entre o bombardeiro B-52, que a transportava, e um avião de reabastecimento em voo do tipo KC-135. Essa delicada missão foi executada por conta da ‘US Navy’, ramo das forças armadas dos E.U.A. ao qual este singular engenho foi frequentemente alugado. Outras entidades que beneficiaram da utilização do «Aluminaut» foram o Instituto Oceanográfico dos Estados Unidos e a famosa organização das Expedições Jacques Cousteau. Este formidável ‘veículo de imersão profunda’ foi realizado com o confesso intuito de provar a utilidade do alumínio, material trabalhado e transformado pela firma industrial que concebeu e construiu o «Aluminaut». Na construção deste veículo foram, com efeito, utilizadas ligas deste metal leve com índices de resistência superiores aos do aço. O projecto do «Aluminaut» revestiu-se de grande secretismo, assim como a actividade inicial deste submarino ‘sui generis’. Que, em 1970, foi retirado do serviço activo e oferecido ao Museu de Ciência da Virgínia (com sede em Richmond), onde está, desde então, exposto à curiosidade do público.

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