sábado, 28 de julho de 2012

«FLYING CLOUD»



Este ‘clipper’, que foi lançado à água em 1851 e que usou sucessivamente as bandeiras dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha, tornou-se num dos mais célebres navios da história da navegação à vela. Construído em East Boston, Massachusetts, pelo reputado estaleiro de Donald McKay, o «Flying Cloud» tinha casco em madeira, deslocava 1 782 toneladas e media 71,60 metros de comprimento por 12,40 metros de boca. O seu primeiro proprietário foi o armador norte-americano Grinnell, Minturn & Cº, de Nova Iorque, que o utilizou até 1862, ano em que foi vendido à companhia britânica de James Baines, com sede em Liverpool. Extraordinariamente veloz, o «Flying Cloud» estabeleceu -em 1853- um recorde de velocidade (89 dias e 8 horas) entre as cidades de Nova Iorque e de San Francisco da Califórnia, com passagem pelo cabo Horn; proeza que só seria ultrapassada por um veleiro em 1989 (pelo «Thursday’ Child», que percorreu a mesma distância em 80 dias e 20 horas) e, em 2008, pelo «Gitana 13», iate desportivo francês, que fixou o recorde em 43 dias e 38 minutos. Navio de trabalho, o famosíssimo «Flying Cloud», que navegou, essencialmente, no Pacífico e no Atlântico, fez de tudo, assegurando o transporte de emigrantes, participando no comércio de madeiras, etc. Também vogou para longínquos destinos como a Austrália e a Nova Zelândia. No final do seu tempo de vida, este ‘clipper’ fazia viagens regulares entre Newcastle-upon-Tyne e Saint John, porto do Canadá oriental, situado na província de New Brunswick. Foi nesta região que, aliás, se perdeu este soberbo veleiro, aquando de um encalhe acidental, ocorrido no dia 19 de Junho de 1874. Irrecuperável, o navio foi queimado ‘in situ’, por um comprador interessado na recuperação dos metais utilizados nos seus acabamentos : ferro e cobre.

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