domingo, 30 de agosto de 2009

«WILHELM GUSTLOFF»


Paquete construído nos estaleiros Blohm & Voss, de Hamburgo, para a KdF/Kraft durch Freude, uma organização da Alemanha hitleriana (cujo nome significa 'Força pela Alegria') muito semelhante, nos seus objectivos, à nossa antiga F.N.A.T.. Este navio de 25 000 toneladas, que recebeu o seu nome em homenagem ao líder do partido nazi suíço, media 208,50 m de comprimento por 23,60 m de boca e podia deslocar-se a uma velocidade superior a 15 nós. Tinha uma tripulação de 417 homens e mulheres e podia receber 1 465 passageiros. Foi lançado à água no dia 15 de Março de 1938 e inaugurado num cruzeiro à ilha da Madeira, que fez escala em Lisboa. O «Wilhem Gustloff» foi um dos navios mobilizados para repatriar a Legião Condor de Espanha, logo após a vitória franquista de 1939. Durante o segundo conflito mundial foi transformado em navio-hospital. A sua celebridade data de inícios de 1945 -mais precisamente da noite de 30 de Janeiro desse derradeiro ano de guerra- pelo facto de ter sido atingido por três torpedos disparados do submarino soviético «S-13» e de ter afundado na sequência desse ataque. O «Wilhelm Gustloff» navegava, nessa altura, ao largo da península de Hel (no mar Báltico) e transportava entre 6 000 e 10 000 pessoas (as fontes de informação divergem muito) provenientes de Gotenhafen (hoje Gdynia) e que eram, essencialmente, refugiados, soldados feridos da frente leste e especialistas da frota submarina alemã. Das águas gélidas do Báltico só foi possível resgatar 904 náufragos. O número de perdas humanas elevou-se, assim, a muitos milhares de pessoas, fazendo deste afundamento a maior tragédia de toda a história marítima.

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