domingo, 30 de agosto de 2009

«CUTTY SARK»


Famoso clipper britãnico do século XIX. Foi construído em 1869 nos estaleiros escoceses de Scott & Lindon, de Dumbarton. Deslocava 921 toneladas e dispunha de três mastros aparelhados em galera. Esteve implicado nos lucrativos comércios do chá do Oriente e da lã neo-zelandesa e australiana. Perdeu uma célebre corrida de velocidade contra o «Thermopylae» (futuro «Pedro Nunes») em 1872, o que não o impediu de ser um dos mais rápidos e admirados navios do seu tempo. O andamento máximo do «Cutty Sark» era impressionante, atribuindo-se-lhe um record, por ter percorrido a distância de 360 milhas náuticas em apenas 24 horas. O seu capitão e proprietário, John Willis, vendeu-o -em 1895- à sociedade portuguesa de Joaquim Antunes Ferreira, que lhe mudou o nome de baptismo para «Ferreira» e o conservou durante 27 anos. No final da sua longa carreira em Portugal, o navio -que aqui aparelhou em patacho a partir de 1916- ainda viu (por um curtíssimo espaço de tempo) o seu nome alterado para «Maria do Amparo». O veleiro voltou à Inglaterra em 1922, ano em que o seu novo proprietário lhe restituiu o nome e aspecto originais; e onde o célebre clipper ainda chegou a exercer funções de navio-escola. O ano de 1953 marcou, definitivamente, o fim da sua actividade. Depois de alguns trabalhos de restauro, o «Cutty Sark» foi rebocado (em 1954) para Greenwich, onde ficou exposto à admiração do público. Em 21 de Maio de 2007, o navio foi ali quase totalmente destruído por um incêndio, cujas causas ainda não foram muito bem elucidadas. Um programa de recuperação do clipper já foi montado, subsistindo, no entanto, o problema dos custos dessa delicada operação, que poderiam ascender a uns 10 milhões de libras.

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