domingo, 23 de agosto de 2009

«QUEEN ELIZABETH»


Paquete britânico de 83 000 toneladas, que pertenceu à prestigiosa frota da Cunard. Foi lançado à água em 1938 pelo estaleiro de John Brown (Clydebank, Escócia) e estreado no dia 3 de Março de 1940. Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, o navio foi imediatamente mobilizado pela autoridade militar e começou por assegurar o transporte de soldados aliados entre a Grã-Bretanha e os 'states' e as diferentes zonas de combate. A sua tripulação compreendia 1 200 homens e o navio fora concebido para receber 2 880 passageiros. Mas, aquando da sua utilização como transporte de tropas, o «Queen Elizabeth» acolheu, obviamente, um número de pessoas muito superior. Calcula-se que, durante os anos de conflito contra as forças do Eixo, o «QE» tenha transportado 750 000 militares e percorrido meio milhão de milhas náuticas. Este paquete da Cunard era um verdadeiro gigante dos mares, que media 314 m de comprimento (mais 4 m do que o «Queen Mary») por 36 m de boca. O seu calado era de 12 m. Equipavam-no 16 turbinas alimentadas por 12 caldeiras a vapor, que asseguravam a rotação de 4 hélices pesando, cada uma delas, 32 toneladas. A electricidade necessária ao bom funcionamento do navio era fornecida por uma central capaz de satisfazer as necessidades primárias de uma cidade de 200 000 habitantes. Depois do armistício, o navio foi readaptado ao transporte civil e passou a assegurar a carreira Southampton-Cherburgo-Nova Iorque, na qual se tornou famoso pela excelência do serviço oferecido. Em 1969, depois de ter efectuado 896 travessias do oceano Atlântico, o «Queen Elizabeth» foi retirado do serviço activo. Ainda esteve uns tempos atracado em Port Everglades, na Florida, onde um grupo de negociantes o tentou converter em hotel de luxo. Depois do fracasso dessa operação, o navio foi vendido em leilão (por 3 200 000 dólares) ao armador chinês C. Y. Tung, que o mandou levar para Hong Kong, onde o «Queen Elizabeth» devia ser transformado numa universidade flutuante. Perdeu-se ao largo da cidade (então sob administração britânica), no dia 9 de Janeiro de 1972, na sequência de um gigantesco incêndio ateado (segundo a comissão de inquérito) por mão criminosa.

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