quinta-feira, 27 de agosto de 2009

«RAINBOW WARRIOR»


Navio de propulsão mista que pertenceu ao movimento ecológico Greenpeace. Estava registado no porto de Amsterdão e hasteava bandeira neerlandesa. Pelo facto de Greenpeace denunciar veementemente as experiências nucleares realizadas pela França em Muroroa (no oceano Pacífico), o «Rainbow Warrior» foi alvo -em 10 de Julho de 1985- de um atentado perpetrado pelos serviços secretos gauleses (D.G.S.E.) e afundado, com explosivos, no porto neozelandês de Auckland. No soçobro do navio morreu um dos membros da sua tripulação, o fotógrafo luso-holandês Fernando Pereira. Provada a natureza política do atentado (que teve larga repercussão na imprensa mundial) e a identidade dos seus autores, a França viu as suas relações com a Nova Zelândia abaladas e foi condenada pelos tribunais a indemnizar o movimento Greenpeace (que recebei 8,16 milhões de dólares pela perda do navio e por danos morais) e a família da vítima da explosão do «Rainbow Warrior». Este navio era o ex-«Sir William Hardy», um antigo pesqueiro do mar do Norte, comprado em 1977 pela Greenpeace -com a ajuda financeira do ramo neerlandês da associação World Wildlife Fund- e convertido em navio de apoio às suas actividades contestatárias. O «Rainbow Warrior» foi construído em Aberdeen (Escócia) em 1955. Deslocava 418 toneladas e media 44 metros de comprimento. Podia atingir a velocidade de 12 nós com o auxílio simultâneo dos seus dois sistemas de propulsão : 2 máquinas diesel e 620 m2 de velas. A sua equipagem compreendia, normalmente, 15 pessoas. O navio era reconhecível pelo seu casco verde, no qual haviam sido pintados dois símbolos do movimento ambientalista : um arco iris e uma pomba branca com um ramo de oliveira no bico.

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