domingo, 27 de dezembro de 2015

«NIOBE»

Este navio foi utilizado pela marinha de guerra alemã como escola de vela para instrução de cadetes. Construído em 1913, no estaleiro dinamarquês Frederikshavns Vaerf og Flydedok, este veleiro navegou, inicialmente e transportando carga geral, com o nome de «Morten Jensen». Hasteava, então, pavilhão da Dinamarca e usava as cores da companhia FL Knakkergaard, de Nykobing Mors. Foi vendido, em 1916, a um armador norueguês, que lhe deu novo nome : «Tyholm». Embora se desconheçam as circunstâncias e o lugar, sabe-se que este navio foi capturado, ainda em 1916, pelo submarino germânico «UB-41», rebocado para a Alemanha e vendido a um particular. Também se sabe, que, entre esse segundo ano de conflito generalizado e o início da década de 20, este veleiro mudou várias vezes de mãos e usou diferentes nomes («Aldebaran», «Niobe», «Schwalbe»), até que, em 1922, foi adquirido, como acima se referiu, pela armada alemã; que lhe devolveu um nome que já usara durante a sua vida civil. Transformado numa barca de 3 mastros, o «Niobe» (que tinha casco de aço e que fora primitivamente uma escuna) passou a deslocar 645 toneladas e a medir 57,80 metros de comprimento fora a fora por 9,17 metros de boca. O seu calado atingia 5,20 metros. Foi equipado com 1 motor diesel auxiliar, com uma potência de 160 shp. O seu sistema vélico compreendia 943 m2 de pano, o que lhe permitia alcançar uma velocidade de 7,5 nós. Este navio navegava com uma tripulação permanente de 34 homens (dos quais 7 eram oficiais) e podia acolher a bordo até 65 cadetes. Depois de 10 anos de bons e leais serviços, o «Niobe» foi surpreendido -no dia 26 de Julho de 1932- por uma repentina rajada de vento, que o afundou em poucos minutos. O desastre ocorreu no mar Báltico, ao largo da ilha (alemã) de Fehmarn. Como o tempo estava quente, todas as escotilhas e vigias do «Niobe» estavam escancaradas e grande parte dos ocupantes que se encontravam no bojo do navio (69 marinheiros e cadetes) morreram afogados. 40 dos homens do veleiro-escola sobreviveram ao naufrágio, tendo sido resgatados pelo mercante «Theresia LM Russ»; que os deixou em terra firme. O navio naufragado seria reemergido ainda nesse ano e rebocado para Kiel; de onde foram retirados os corpos das vítimas, para se lhes dar uma sepultura cristã. O casco do «Niobe» foi, depois levado para o alto mar, e afundado (no decorrer de uma cerimónia que contou com a presença das altas patentes da marinha de guerra alemã) pelo torpedeiro «Jaguar». Um monumento aos mortos deste navio-escola foi levantado perto de Gammendorf, na ilha de Fehmarn.

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