sábado, 5 de dezembro de 2015
«HERZOGIN SOPHIE CHARLOTTE»
Inicialmente denominado «Albert Rickmers», este navio foi construído (em 1894) nos estaleiros da famosa companhia Rickmers, situados em Geestemund, na Alemanha. E funcionou, simultaneamente, como cargueiro e unidade de formação de cadetes (da marinha mercante) para a respectiva frota. Era um veleiro (barca) com casco de aço e equipado com 4 mastros, que podiam arvorar até 2 935 m2 de pano. A sua primeira viagem levou-o ao Japão, de onde trouxe um carregamento de arroz, destinado às moagens Rickmers. Depois dessa viagem ao país do Sol Nascente, efectuou outras ao Extremo Oriente com o mesmo fim. Em 1899, este navio foi cedido à Reederei Norddeutscher Lloyd, que continuou a utilizá-lo como navio-escola. Tendo, para o efeito, procedido a modificações estruturais que permitiram ao navio em apreço receber 60 cadetes, futuros oficiais da sua frota. Por essa altura, o veleiro recebeu o novo nome de «Herzogin Sophie Charlotte» ('Duquesa Sofia Carlota', membro da família imperial) e navegou em todos os mares do mundo. Em 1913, este navio foi parar às mãos da companhia de navegação Schluter und Maack, que a colocou no negócio do guano e nas rotas do Chile. Tendo sido surpreendido, nesse país da América do Sul, pela eclosão do primeiro conflito mundial, a barca acabou por ser arrestada pelas autoridades locais; que a entregaram, em 1921, à Inglaterra, a título de indemnizações de guerra devidas pela Alemanha. Este veleiro -com 2 377 toneladas de arqueação bruta e com 82,30 metros de comprimento por 13,17 metros de boca- passou, depois disso, por vária mãos : Matson Lines, Germanischer Lloyd (que lhe atribuiu o nome de «Gjertrud») e Sarpsborg, este um armador norueguês. Até que, em 1927, o navio foi encaminhado para Geestemunde, onde foi desmantelado.
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