segunda-feira, 9 de novembro de 2015
«CHAMPION OF THE SEAS»
'Clipper' que usou, sucessivamente, bandeiras dos E.U.A. e do Reino Unido. Com casco de madeira (aplicada sobre esqueleto metálico), 3 mastros e 3 conveses, o «Champion of the Seas» foi construído em 1854 nos estaleiros de Donald McKay, de East Boston, e tornou-se (aquando do seu lançamento) o mais importante veleiro do seu tipo e do seu tempo. Com 2 447 toneladas de arqueação bruta, este navio apresentava as seguintes dimensões : 76,80 metros de longitude por 13,90 metros de boca por 8,80 metros de calado. O seu primeiro proprietário foi a James Baines & Cº, que geria a famosa e numerosa frota da Black Ball Line. Depois de uma primeira travessia transatlântica sem história, o «Champion of the Seas» partiu de Liverpool para Melbourne com 780 passageiros a bordo, efectuando essa sua primeira viagem para os antípodas -pela rota do cabo da Boa Esperança- em apenas 72 dias de navegação. Ao longo das muitas outras viagens que fez para (e da) Austrália, o 'clipper' em apreço fez a cabal demonstração da sua rapidez e da segurança e do conforto oferecidos aos seus passageiros; que disso deixaram testemunhos. Do seu historial consta uma viagem que fez, em 1857, de Portsmouth (no sul de Inglaterra) para Calcutá com 1 000 militares, que foram para a índia participar na repressão dos cipaios revoltados. A rainha Vitória visitou o «Champion of the Seas» antes da partida do navio. Nove anos depois desse acontecimento, em 1866, o navio foi vendido a uma firma britânica (a T. Harrison & S. T. Stowe), que o usou até 1874, ano em que passou a ser propriedade da companhia A. Cassels, de Liverpool. Apesar do seu mau estado de conservação, o «Champion of the Seas» ainda foi capaz de realizar viagens comerciais entre San Francisco e Hong Kong em 39 dias e San Francisco e Callao em 45 dias. Este extraordinário veleiro perdeu-se em inícios do mês de Janeiro de 1877, quando, metendo água e perdendo carga (guano do Chile), foi voluntariamente abandonado -ao largo do cabo Horn- pela sua tripulação; que acabou por ser resgatada pela «Windsor», uma barca britânica.
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