domingo, 19 de julho de 2015
«REINA DOÑA ISABEL II»
Navio de linha da armada espanhola, construído no Arsenal da Carraca, em Cádiz; que o lançou ao mar em 1852. Integrado nos efectivos da marinha de guerra hispânica em finais de Setembro de 1856, era um pesado veleiro de 3 mastros, deslocando 3 450 toneladas e medindo 66,45 metros de comprimento por 17,70 metros de boca. Pode dizer-se que já estava ultrapassado antes de entrar em serviço, num tempo em que começavam a aparecer os primeiros navios a vapor de rodas laterais, que se revelaram mais manobráveis e não menos rápidos. Este navio -que tinha uma guarnição de cerca de 900 homens- estava armado com 94 canhões de vários calibres. A sua velocidade máxima não ultrapassava os 8 nós. Em 1858, o «Reina Doña Isabel II» foi enviado para Havana (Cuba) com 1 500 homens a bordo, pronto para uma esperada intervenção no México. Em 1860, içou as insígnias de navio-almirante da esquadra espanhola, que foi mobilizada para a guerra do norte de África e participou nos bombardeamentos da costa de Larache. Posteriormente, foi navio-escola de guarda-marinhas e de artilheiros. Em 1866 serviu de base à Academia de Música que formava as bandas da armada real. Presume-se que tenha sido desactivado antes de 1870, pois, nesse ano, já não há referências ao «Isabel II» nos registos oficiais da armada espanhola. Serviu como cadeia flutuante durante a chamada Revolução Cantonal. Em 15 de Agosto de 1889 foi a pique no porto de Cartagena. Reemergido, foi desmantelado pouco depois. Este navio teve um gémeo denominado «Rey Don Francisco de Asís».
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