terça-feira, 12 de abril de 2016

ZARAGOZA»

Corveta da marinha mexicana, com vida operacional entre 1892 e 1926. Foi construída pelos estaleiros havrenses da firma Société Nouvelle des Forges et Chantiers de la Méditerranée. A «Zaragoza» era de propulsão mista (velas/vapor), tinha casco de aço, 3 mastros e estava armada com 8 peças de artilharia : 6 canhões de 100 mm e 2 rotativos de 37 mm. Chegou ao porto de Vera Cruz a 13 de Fevereiro de 1892 sob as ordens do capitão Reginald C. Brenton, um oficial britânico contratado pela armada mexicana e levando a bordo o comodoro Ángel Ortiz Monasterio. Este navio regressou ainda nesse ano à Europa, a Espanha, onde participou nos festejos comemorativos da descoberta da América e onde recebeu a visita da rainha Maria Cristina. Fez duas visitas de cortesia aos EUA e a França, antes de, em 1894, se tornar o primeiro navio de bandeira mexicana a realizar uma viagem de circum-navegação do globo. Durante a qual visitou inúmeros portos estrangeiros. Entre 1898 e 1905, a «Zaragoza» esteve envolvida na rebelião dos maias do Yucatão, transportando tropas, armas e munições para o terreno do conflito. E em 1905 fez parte do esquadrão naval que levou o presidente Francisco Madero àquela região pacificada. Depois disso, esta corveta viu-se envolvida em vários episódios de carácter militar que agitaram o México : revolta de Félix Díaz (colocando-se o navio e a sua guarnição do lado dos constitucionalistas), desembarque ianque de Vera Cruz (sem acção verdadeiramente ofensiva por parte da «Zaragoza») e, em 1914, repressão no Yucatão da rebelião chefiada por Benjamin Argumedo. Em 1919, esteve em missão em Montevideu, de onde regressou como escolta do cruzador «Uruguay», que transladou para o México os restos mortais do embaixador e poeta Amado Nervo. E, finalmente, em 1923/1924, esta corveta cumpriu a sua derradeira missão ao participar num levante fracassado contra o governo de Álvaro Obregón. Foi oficialmente desactivada, após 34 anos de serviço, no dia 6 de Março de 1926, durante uma cerimónia que ocorreu na presença de um membro do governo. O velho navio foi posteriormente afundado aquando de um exercício de tiro da armada a que pertencera.

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