segunda-feira, 18 de maio de 2015

«REI DE PORTUGAL»

Paquete português de propulsão mista (velas/vapor). Foi construído, em 1889, nos estaleiros escoceses da empresa Scott & Company, de Greenock. Era um navio com 3 236 toneladas de arqueação bruta e com as seguintes dimensões : 110,80 metros de comprimento; 12,86 metros de boca; e com um pontal de 7,70 metros. O «Rei de Portugal» estava equipado com 1 máquina a vapor, que desenvolvia uma potência de 843 nhp; força que lhe proporcionava uma velocidade máxima de 14 nós. Pertencente à frota da Mala Real Portuguesa (empresa fundada em 1888) , este navio operou exclusivamente -a partir de 1898- na linha do Brasil, assim como dois dos seus gémeos, o «Malange» e o «Moçambique». Essa carreira (utilizada por milhares de emigrantes lusos, que fixaram residência em terras de Vera Cruz) iniciava-se no porto de Leixões e tinha o seu término em Santos, depois dos paquetes terem feito escalas em Lisboa, no Funchal e no Rio de Janeiro. Após a liquidação da Mala Real (em 1902), que perdeu dinheiro com a exploração dessa linha da América do Sul, os navios supracitados foram vendidos. O «Rei de Portugal» foi cedido à Prince Line, de Londres, que lhe deu o nome de «Napolitan Prince» e o conservou nove anos sob a sua bandeira. Em 1911, o ex-«Rei de Portugal» foi vendido a uma armadora francesa -a Compagnie de Navigation Mixte- que o apelidou «Manouba». E que o guardou até ao ano da sua demolição em Itália, ocorrida em 1929. Curiosidade : a foto aqui anexada data da fase final da vida do navio, quando este já navegava sob pavilhão gaulês.

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