segunda-feira, 18 de maio de 2015
«BRASIL»
Corveta couraçada da armada brasileira. Foi construída em França pela Société Nouvelle des Forges et Chantiers de la Méditerranée (La Seyne) e lançada ao mar no dia 23 de Dezembro de 1864. Era um navio com 1 518 toneladas de deslocamento e com as seguintes dimensões : 63,41 metros de longitude por 10,75 metros de boca. Era de propulsão mista (vela/vapor) e estava equipada com 3 mastros, desfraldando pano redondo e áurico, e com 1 máquina de 250 cv de potência acoplada a 1 hélice de quatro pás. A sua velocidade máxima era de 10,5 nós. O seu armamento era constituído por 4 canhões de carregamento frontal e 5 outros de alma lisa e de calibres diferentes. Este navio (que entrou ao serviço em 1865) foi adquirido por subscrição pública, na sequência de um conflito diplomático (a 'Questão Christie') entre o Brasil e a Inglaterra. Na sua viagem para o Brasil, este navio fez escalas técnicas na ilha da Madeira e em Cabo Verde. Incorporado na esquadra, esta corveta-couraçada participou activamente na Guerra do Paraguai (que decorreu entre 1864 e 1870), tendo-se ilustrado em várias ocasiões. Digna de registo foi a sua acção no bombardeamento da fortaleza de Itapiru e no resgate da canhoneira «Magé», que se fez sob intenso fogo de baterias inimigas. Depois de algum tempo passado no arsenal do Rio de Janeiro, onde foi reparada, a corveta-couraçada «Brasil» voltou aos combates, distinguindo-se na ajuda aos couraçados «Lima Barreto» e «Cabral» (2 de Março de 1868), que haviam sido tomados de assalto por forças paraguaias. Depois participou no bombardeamento de Humaitá, nos combates de Lagoa Verá, na passagem de Timbó e nos do Passo de Angostura. Terminado o conflito, este navio manteve-se no activo até 1879, ano em que foi desclassificado e posteriormente desmantelado.
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