quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

«ALBERT BALLIN»


Construído em 1922 pelos estaleiros hamburgueses da firma Blohm & Voss, este navio transatlântico teve como primeiro proprietário e utlilizador a casa armadora Hamburg-Amerika Line. O «Albert Ballin» era um paquete de 21 000 toneladas de deslocamento, com 183,60 metros de comprimento por 24 metros de boca. A sua propulsão era assegurada por máquinas a vapor e por 2 hélices, que lhe permitiam navegar à velocidade máxima de 16 nós. Tendo essa velocidade passado para 21,5 nós, após substituição -em 1934- do seu sistema motor inicial por engenhos mais poderosos. Foi também por essa ocasião que o navio recebeu o nome de «Hansa», em substituição do de Albert Ballin, que fazia referência a um antigo director da companhia, que era de confissão israelita; e que era, por consequência, indesejável aos olhos dos nazis, que haviam acedido ao poder na Alemanha, em 1933. O navio esteve colocado na prestigiosa linha de Nova Iorque, até que dela foi retirado, em 1939, aquando da eclosão da 2ª Guerra Mundial. Desde então passou a transportar tropas e, já no fim do conflito, a evacuar refugiados das zonas conquistadas pelo Exército Vermelho. Foi no decorrer de uma dessas missões, quando regressava de Gdynia, que o ex-«Albert Ballin» chocou com uma mina e se afundou ao largo de Warnemunde. Depois do armistício, o navio foi oferecido à U.R.S.S. pela comissão de atribuição de reparações de guerra e reemergido pelos soviéticos; que o restauraram e colocaram ao serviço em 1949. Passou, então, a chamar-se «Sovietsky Soyiuz». Transferido para o extremo-oriente soviético, começou a operar entre Vladivostok e outros portos siberianos, sendo nesse tempo, o maior navio de passageiros a arvorar a bandeira vermelha. Em 1980 recebeu o seu quarto e derradeiro nome : «Soyiuz». E, um ano mais tarde, foi desactivado e enviado para a sucata.

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