sábado, 15 de outubro de 2011

«ORYOL»


Pequena fragata da marinha imperial russa. Foi o primeiro navio encomendado pelo ‘czar’ Alexis I para patrulhar o mar Cáspio e ali assegurar a protecção das frotas mercantes. O «Oryol» (‘Águia’) foi construído por um estaleiro de Dedinovo, situado numa das margens do rio Oka, e lançado à água em 1669. Deslocava apenas 250 toneladas e media 24,50 metros de comprimento por 6,50 metros de boca. Estava armado com 22 canhões e a sua tripulação não ultrapassava os 23 marinheiros (oficiais incluídos) e 35 soldados. Realizado para simbolizar o poder naval russo naquela longínqua região do império, o «Oryol» foi o primeiro navio russo a hastear a famosa bandeira com a cruz de Santo André, que se tornaria a insígnia oficial das armadas russas a partir do reinado de Pedro I, o Grande. A construção deste navio -capaz de navegar no Cáspio e nos rios que desaguam nesse mar interior- coincidiu com a abertura da Pérsia ao comércio internacional e à necessidade de proteger os mercadores russos (mas também holandeses e britânicos) que acorreram àquela região na perspectiva de realizar bons negócios. Mas parece que os desígnios do imperador, em relação a esta fragata ligeira, nunca chegaram a ser satisfeitos, pelo facto do «Oryol» ter descido o Volga até à cidade de Astracã e por ali se ter quedado na sequência da revolta do cossaco Stenka Razin, cujos seguidores queimaram o navio. Relatos do capitão David Butler (o oficial irlandês a quem fora confiado o comando do «Oryol») e de um viajante holandês de nome Jan Struys apontam nesse sentido.

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