terça-feira, 9 de maio de 2017
«VICEROY OF INDIA»
Este paquete britânico da frota P & O (Peninsular and Oriental Steam Navigation Cº Ltd) foi construído em 1928 no estaleiro da empresa Alexander Stephen & Sons, de Glásgua, e realizou a sua viagem inaugural no ano seguinte. O nome inicialmente escolhido para este navio foi o de «Taj Mahal», designativo que foi abandonado antes da sua entrada em serviço e substituído pelo do alto cargo então ocupado pelo 1º conde de Halifax. O «Viceroy of India» apresentava uma arqueação bruta de 19 648 toneladadas e media 178 metros de comprimento por 23 metros de boca. O navio podia receber a bordo 415 passageiros de 1ª classe e 258 de 2ª. A sua tripulação era constituída por 413 membros. Este paquete era um navio inovador, já que o seu sistema propulsivo (máquinas turbo-eléctricas) foi um dos primeiros do género a equipar um navio da marinha mercante. Unidade luxuosa e rápida, o «Viceroy of India» foi colocado na linha Europa-Ásia-Austrália, que passava pela rota do canal de Suez. No início da década de 30 (do século passado), este paquete bateu vários recordes de velocidade no trajecto Londres-Bombaim. No seu historial constam os socorros que prestou (em 1929) aos náufragos do seu congénere italiano «Maria Luisa», que naufragou no Mediterrâneo oriental, mas também (em 1930) ao cargueiro grego «Theodoros Bulgararis» e ao paquete «Doric» (da companhia White Star), do qual recolheu 241 passageiros, quando este navio foi abalroado pelo navio francês «Formigny» ao largo do cabo Finisterre. Em 1940, com a eclosão da 2ª Guerra Mundial, o «Viceroy of India» foi requisitado pelo almirantado britânico para ajudar no esforço de guerra. Transformado em transporte de tropas, o paquete da P & O participou -em 1942- na chamada Operação Torch, durante a qual foi torpedeado e afundado, 30 milhas náuticas ao largo do porto argelino de Oran,, pelo submarino germânico «U-407». Durante essa ocorrência de guerra, 4 membros da tripulação do tropeiro inglês perderam a vida. As outras 450 pessoas que viajavam a bordo (essencialmente militares) puderam, no entanto, ser salvas, graças à intervenção atempada do navio HMS «Boadicea».
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