quarta-feira, 3 de maio de 2017

«MARCO POLO»

Grande veleiro de construção canadiana (era um 'clipper de 3 mastros deslocando 1 500 toneladas e medindo 56 metros de comprimento por 11 metros de boca) que foi realizado, em 1851, em St. John, New Brunswick, pelo estaleiro de James Smith. O seu nome de baptismo homenageava, obviamente, o famoso viajante e mercador veneziano dos séculos XIII e XIV.  Este navio iniciou a sua vida sob maus auspícios, já que adernou aquando do seu lançamento e que, depois de recuperado, encalhou num banco de Marsh Creek, onde se manteve imobilizado durante duas semanas. A sua viagem inaugural -de St. John até Liverpool, com um carregamento de madeiras, que o navio perfez em apenas 15 dias- veio, no entanto, apagar a recordação dos incidentes de princípio de carreira. Em 1852, o «Marco Polo» foi adquirido pela companhia Black Ball Line, que o colocou no transporte de passageiros e frete entre Liverpool e a Austrália; em cujo percurso este veleiro bateu vários recordes de velocidade, o que lhe valeu o epíteto de 'navio mais rápido do mundo'. Este 'clipper' serviu nessa carreira até 1867, ano em que foi alvo de grandes trabalhos de reparação e renovação. O fim do soberbo «Marco Polo» chegou uma quinzena de anos mais tarde -a 22 de Julho de 1883- quando, durante uma viagem ao Quebeque, o veleiro foi assaltado por violenta borrasca (ao largo da ilha do Príncipe Eduardo) e o seu casco sofreu vários rombos. O que ocasionou o seu desastroso encalhe numa praia de Cavendish. Desarvorado, o navio acabou por ser destruído completamente pelas forças da Natureza. O sítio da catástrofe está, hoje, englobado no Parque Nacional da Ilha do Príncipe Eduardo, que, entretanto, se transformou num lugar de grande interesse histórico-turístico do Canadá.

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