sábado, 8 de outubro de 2016
«SKULDELEV 2»
O navio assim designado faz parte de um lote de meia dúzia de embarcações nórdicas de diferentes tipos (ou melhor dos seus restos), que estão expostas no Museu dos Navios Vikings de Roskilde, na Dinamarca. Navios dos anos mil, deliberadamente afundados, segundo se crê, no fiorde de Roskilde e descobertos em 1962. O «Skuldelev 2» é o maior de todos eles e o único que se pode designar como um 'drakkar', navio destinado ao uso militar. Esta embarcação foi construída com madeiras de carvalho e as análises dondocronológicas efectuadas ao seu casco indicam que terá sido realizada em meados do século XI, na região de Dublim. Abre-se aqui um parêntese para referir que os Vikings chegaram à Irlanda no século IX, e que se estabeleceram no litoral dessa ilha durante centúrias. Aí vivendo como negociantes, construtores de navais (arte na qual eram exímios) e mercenários ao serviço de facções políticas locais. Eis aqui algumas das características deste navio quase milenar : dele resta cerca de 25% do casco; media uns 30 metros de longitude por 3,80 metros de boca; o seu calado era de apenas 1 metro; deslocava 26 toneladas; arvorava um mastro equipado com uma vela de pendão medindo 112 m2 de superfície e dispunha de 30 pares de remos; a sua velocidade média era de 6-8 nós e a máxima de 13-17 nós; era tripulado por 65-70 homens, que eram, simultaneamente, marinheiros e guerreiros. O acima referido Museu de Roskilde investiu (há uns anos atrás) cerca de 1,5 milhão de euros na construção do «Sea Stallion», que é uma réplica à escala 1/1 do «Skuldelev 2». Essa cópia -que recriou o referido 'drakkar' em todo o seu explendor- consumiu 40 000 horas de labor. Foi lançado ao mar em 2 004 e, em 2 007, navegou da Dinamarca até Dublim, cidade onde esteve exposto perto de um ano. Regressou triunfalmente a Roskilde no Verão de 2 008.
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