quarta-feira, 12 de outubro de 2016

«JOHN ENA»

Veleiro com casco de aço construído nos estaleiros R. Duncan & Cº, de Port Glasgow; que o lançaram à água em Julho de 1892. O seu primeiro armador foi a companhia San Francisco Shipping, sedeada nas ilhas Havai, em Honolulu; que o utilizou, essencialmente no oceano Pacífico -como transporte de carga diversa- até 1907. Mas esta barca também navegou no Atlântico (onde, em 1902, perdeu 2 homens da sua equipagem, na sequência de terrível tempestade) e no Índico. Desde o referido ano de 1907, passou pelas mãos de seis outros proprietários, todos eles armadores californianos com base na chamada Cidade da Porta Dourada : A.O. Lorentzen, Rolph Navigation & Coal, Standard Oil, Robert Dollar, J. Boots e A.F. Mahony. O «John Ena» apresentava-se como um navio de 2 842 toneladas de arqueação bruta e medindo 95,31 metros de comprimento por 14,65 metros de boca. O seu calado era de 7,62 metros. Estava equipado com 4 mastros e respectivo velame, que dispunha de superfície impressionante. Em 1926, já em fim de vida, perdeu os mastros durante uma operação de reboque e, entre 1934 e 1937, procedeu-se ao seu desmantelamento num estaleiro de San Pedro (Califórnia). A fama do «John Ena» adveio-lhe, muito simplesmente, do facto de... não tido história. Para além de ter sido, no entanto, um dos maiores, mais elegantes e mais longevos navios da sua época. Navios de um tempo em que o vento ainda era o principal meio usado para se ir de mar em oceano, com o intuito de atingir as terras mais recônditas do planeta Terra.

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