
sábado, 22 de outubro de 2016
«SÃO JOSÉ PAQUETE DE ÁFRICA»

quinta-feira, 13 de outubro de 2016
«SÁNCHEZ BARCÁIZTEGUI»

«HAWAIIAN PATRIOT»
quarta-feira, 12 de outubro de 2016
«SUDARSHINI»

«ANDRÓMEDA»
«JOHN ENA»

terça-feira, 11 de outubro de 2016
«ATHENA»

«THÉSÉE»

Navio de linha francês armado com 74 canhões de três distintos calibres. Foi construído no arsenal de Brest em 1758. A sua guarnição regulamentar era constituída por 750 homens : marinheiros, fuzileiros e respectivos corpos de oficiais. Como todos os grandes vasos de guerra do tempo, o «Thésée» arvorava 3 mastros, cujo velame podia desfraldar 2 500 m2 de pano. Era um navio de 1 500 toneladas, com casco em carvalho e mastreame em madeira de pinho. As suas dimensões eram as seguintes : 50 metros de comprimento por 13,50 metros de boca. O «Thésée» possuia uma considerável capacidade de transporte (sobretudo de água potável e de víveres), de modo a poder navegar muitas semanas longe das suas bases de reabastecimento. O «Thésée» teve uma vida operacional curtíssima -durante a chamada Guerra dos Sete Anos- que começou com a sua saída de Brest a 14 de Novembro de 1759 (integrado numa esquadra de 21 navios superiormente comandada pelo marechal de Conflans). Objectivo : escoltar uma numerosa armada de invasão de Inglaterra. Mas, a 20 desse mesmo mês de Novembro, as forças navais francesas foram interceptadas pela esquadra do almirante Hawke, que, em previsão do dito ataque, patrulhava, há meses, diante das costas da Bretanha. No combate que se seguiu, o «Thésée» defrontou-se, sucessivamente com os navios inimigos «Magnanime» e «Torbay, encaixando quatro salvas deste último, que pouco desgaste causaram a bordo do navio francês. Que ripostou de imediato. Mas, após essa reacção, o «Thésée» foi, incompreensivelmente, alvo de problemas, que o fizeram soçobrar em instantes. Pensa-se que, devido ao mau estado do mar (muito agitado), grandes quantidades de água tenham invadido o navio francês pelas portinholas de artilharia, desiquilibrando-o, o que provocou o desastre. À excepção de 22 homens (salvos pelos ingleses), toda a guarnição do navio (na sua quase totalidade originária da Bretanha) pereceu nesse terrífico e surpreendente naufrágio. Que se enquadrou na chamada batalha dos Cardeais, durante a qual a marinha de guerra gaulesa sofreu pesada derrota, perdendo 6 navios de linha. Os restos do «Thésée» foram encontrados e devidamente identificados em 2009; e são, desde então, objectos de estudos dos especialistas em arqueologia marinha. Que nutrem a esperança de um dia poderem reemergi-los. Curiosidade : a ilustração anexada mostra (em primeiro plano) o naufrágio do navio em apreço.
domingo, 9 de outubro de 2016
«ÍSIS»

sábado, 8 de outubro de 2016
«AMAPALA»

O «Amapala» era um navio a vapor de transporte misto (passageiros/carga), que hasteava bandeira das Honduras. Tratava-se, na realidade de um 'bananeiro' da Standard Navigation Corporation, sucursal centro-americana da poderosa companhia Standard Fruit, que fazia viagens regulares entre o porto hondurenho de La Ceiba (onde se encontrava registado) e Nova Orleães; com escalas em Havana. Este navio foi construído em Newcastle (Reino Unido), em 1924, nos estaleiros Swan & Hunter, Ltd.. Apresentava 4 184 toneladas de arqueação bruta e media 111,25 metros de comprimento por 15,24 metros de boca por 8,84 metros de calado. A sua propulsão era proporcionada por 1 máquina de tripla expansão, com uma potência de 668 nhp, que lhe conferia uma velocidade de cruzeiro de 15,5 nós. No dia 16 de Maio de 1942, poucas horas depois de ter zarpado de Nova Orleães e de já se encontrar a navegar em águas do golfo do México, o «Amapala» foi interceptado (a tiros de canhão) pelo submarino germânico «U-507». Que o intimou a parar e a deixar-se inspeccionar por uma equipa de marujos alemães; que acabaram por deixar a bordo várias cargas explosivas, depois de terem mandado evacuar a tripulação e passageiros do mercante. O navio hondurenho manteve-se à tona de água várias horas e acabou por ser rebocado pelo guarda-costas estadunidense «Boutwell». Mas afundou-se muito antes de atingir porto seguro. No incidente relatado morreu apenas uma pessoas de um total de 57 que, então, se encontravam a bordo do «Amapala». Que foi um dos muitos navios (inclusivamente neutros, como este) a serem afundados ao longo das costas americanas pelo «U-507».
«UC-26»

«SKULDELEV 2»

O navio assim designado faz parte de um lote de meia dúzia de embarcações nórdicas de diferentes tipos (ou melhor dos seus restos), que estão expostas no Museu dos Navios Vikings de Roskilde, na Dinamarca. Navios dos anos mil, deliberadamente afundados, segundo se crê, no fiorde de Roskilde e descobertos em 1962. O «Skuldelev 2» é o maior de todos eles e o único que se pode designar como um 'drakkar', navio destinado ao uso militar. Esta embarcação foi construída com madeiras de carvalho e as análises dondocronológicas efectuadas ao seu casco indicam que terá sido realizada em meados do século XI, na região de Dublim. Abre-se aqui um parêntese para referir que os Vikings chegaram à Irlanda no século IX, e que se estabeleceram no litoral dessa ilha durante centúrias. Aí vivendo como negociantes, construtores de navais (arte na qual eram exímios) e mercenários ao serviço de facções políticas locais. Eis aqui algumas das características deste navio quase milenar : dele resta cerca de 25% do casco; media uns 30 metros de longitude por 3,80 metros de boca; o seu calado era de apenas 1 metro; deslocava 26 toneladas; arvorava um mastro equipado com uma vela de pendão medindo 112 m2 de superfície e dispunha de 30 pares de remos; a sua velocidade média era de 6-8 nós e a máxima de 13-17 nós; era tripulado por 65-70 homens, que eram, simultaneamente, marinheiros e guerreiros. O acima referido Museu de Roskilde investiu (há uns anos atrás) cerca de 1,5 milhão de euros na construção do «Sea Stallion», que é uma réplica à escala 1/1 do «Skuldelev 2». Essa cópia -que recriou o referido 'drakkar' em todo o seu explendor- consumiu 40 000 horas de labor. Foi lançado ao mar em 2 004 e, em 2 007, navegou da Dinamarca até Dublim, cidade onde esteve exposto perto de um ano. Regressou triunfalmente a Roskilde no Verão de 2 008.
«HERTHA»

Cruzador protegido (por couraça) da marinha imperial alemã, pertencente à classe 'Victoria Louise'. Foi construído em Stettin, pelos estaleiros AG Vulkan e lançado à água em Abril de 1897. Deslocava 6 490 toneladas e media 110,60 metros de comprimento por 17,40 metros de boca. O seu calado era de 6,58 metros. Estava equipado com 3 máquinas de tripla expansão, cuja potência permitia que o «Hertha» navegasse à velocidade máxima de 19 nós e dispusesse de um raio de acção próximo das 3 500 milhas náuticas. Do seu armamento constavam 2 canhões de 210 mm, 8 de 150 mm, 10 de 88 mm e 3 tubos lança-torpedos de 450 mm. A sua tripulação era constituída por 446 sargentos e praças enquadrados por 31 oficiais. Entre os cadetes que também fizeram a sua aprendizagem a bordo do «Hertha», estiveram, durante um curto período, Karl Doenitz (futuro comandante da arma submarina germânica) e Ernst Lindemann (futuro comandante do couraçado «Bismarck»). Na transição para o século XX, este cruzador esteve em missão na China, onde participou na guerra dos Boxers; durante a qual um destacamento de fuzileiros da sua guarnição conquistou os fortes de Taku. Operação que custou a vida ao comandante do navio. Regressado à Europa, o «Hertha» cumpriu missões no Mediterrâneo (em 1912) e, entre Agosto de 1913 e Março de 1914 esteve empenhado numa operação de preparação e treino de equipagens, que o levou a escalar vários portos do Canadá, do México e das Caraíbas. Quando a Grande Guerra rebentou, o navio em apreço foi considerado obsoleto e retirado da linha da frente. Entre 1914-1918, o «Hertha» serviu, sucessivamente, na defesa costeira e como navio-quartel dos militares da base de hidroaviões de Flensburg. Foi desmantelado em 1920.
sexta-feira, 7 de outubro de 2016
«SALTA»

Este navio (um paquete) foi construído em La Seyne-sur-Mer, França, pela firma Forges et Chantiers de la Méditerranée; que o lançou ao mar a 13 de Março de 1911. O seu primeiro armador foi a S.G.T.M. (Société Générale des Transports Maritimes). O «Salta» (que era irmão gémeo do «Valdivia») apresentava as seguintes características : 7 284 toneladas de arqueação bruta; 137,76 metros de comprimento; 16,28 metros de boca; 9,61 metros de calado. O seu sistema propulsivo era composto por 2 máquinas a vapor de tripla expansão acopladas a 2 eixos (máquinas fabricadas no mesmo estaleiro de La Seyne), desenvolvendo uma potência de 696 nhp, força que lhe garantia uma velocidade máxima de 16,8 nós. Dispunha, a bordo, de telegrafia sem fios (uma inovação) e podia transportar 196 passageiros em 1ª e 2ª classes, para além de 1 576 pessoas no porão (emigrantes). A S.G.T.M. colocou este seu paquete na linha Marselha-Buenos Aires, na qual ele permaneceu até Fevereiro de 1915; mês e ano em que foi requisicionado pelas forças aliadas e posto ao serviço da 'Royal Navy', que o converteu em navio-hospital. Foi com esse estatuto, que o «Salta» desempenhou várias missões humanitárias, ajudando a evacuar muitas centenas de feridos e doentes das zonas de guerra. No dia 10 de Abril de 1917, proveniente de Southampton, o «Salta» apresentou-se diante do porto do Havre para completar mais uma das suas missões. Mas o seu comandante foi avisado da presença de minas na sua rota e tentou retroceder, assim como os contratorpedeiros que o escoltavam. Mas era demasiado tarde e o ex-paquete francês acabou por chocar contra um desses mortais engenhos, afundando-se (ao largo de Octeville) em apenas 9 minutos. No desastre pereceram 9 enfermeiras, 42 dos feridos confiados aos seus cuidados e 79 tripulantes do «Salta», entre os quais se encontrava o comandante do navio. O balanço ficou-se por estes números, graças à rápida intervenção dos socorros; que ajudaram também a salvar parte da equipagem de um dos navios escoltadores, que sofrera o mesmo trágico fim do navio-hospital. Curiosidade : o cartaz que aqui ilustra o «Salta», mostra-o antes da Grande Guerra, vestido com as cores do seu armador civil.
«BDITELNY»

A fragata da armada soviética «Bditelny» pertenceu à classe 'Krivak-1', da qual foi cabeça de uma série que comportou 21 navios idênticos. A «Bditelny» foi construída nos estaleiros navais Zhdanov Severnaya, de Leninegrado (hoje São Petersburgo), que a lançaram à água em 1968. Entrou no serviço activo dois anos mais tarde e serviu -na esquadra do Báltico- até 1991. Um navio deste tipo foi observado pela primeira vez por peritos ocidentais, na década dos 70, tendo as suas linhas e características gerais causado uma impressão muito favorável. Esta fragata deslocava 3 900 toneladas (em plena carga) e media 123,50 metros de comprimento por 14 metros de boca por 5 metros de calado. Estava equipava com 2 pares de turbinas a gás (55 000 cv + 14 000 cv) e 2 hélices, que lhe proporcionavam uma velocidade máxima de 32 nós e uma autonomia de 8 300 km, com andamento limitado a 20 nós. A sua guarnição compreendia 180 homens, corpo de oficiais incluído. Quanto ao armamento de bordo, era este constituído por 2 torres com canhões de 76 mm (mais tarde, e em alguns navios, substituídos por 1 única peça de 100 mm), por rampas lança-mísseis anti-navio SS-N-14 (municiados com 4 engenhos balísticos), por vários outros sistemas defensivos contra aeronaves (julgados, aliás, insuficientes), por tubos lança-torpedos, etc. Algumas destas fragatas beneficiaram, posteriormente à sua construção, de arranjos na popa, de modo a poderem receber 1 helicóptero. A maioria destes navios (que seriam substituídos por unidades mais evoluídas da classe 'Krivak-2') sobreviveram ao colapso da URSS e mantiveram-se ao serviço até 1992. Parece que alguns deles (oriundos da esquadra do mar Negro e partilhados com o governo de Kiev ) ainda continuam operacionais nas forças navais da Ucrânia. Nota : a maqueta que ilustra este texto não representa o «Bditelny, mas um navio da sua classe.
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