sexta-feira, 1 de julho de 2016

«GLUCKAUF»

Petroleiro alemão de propulsão mista (vela/vapor), construído em 1885 nos estaleiros da firma Armstrong, Mitchell & Co., de Newcastle-upon-Tyne (nordeste de Inglaterra). O destinatário foi o armador alemão Wilhelm Anton Riedemann, de Geestemunde, que era agente da Standard Oil Company. O navio registava 2 307 toneladas de arqueação bruta e media 91,60 metros de comprimento por 11,33 metros de boca. Dispunha de 1 máquina a vapor de tripla expansão, que desenvolvia uma potência de 200 nhp. E tinha 3 mastros hasteando, o de vante, pano redondo e os de meia-nau e de popa pano latino. A sua velocidade máxima atingia os 10,5 nós. Uma das grandes inovações do «Gluckauf» (cujo nome significa 'boa sorte') eram os seus 8 tanques, que o autorizavam a carregar ramas em grandes volumes, em vez de as embarcar nos tradicionais barris arrimados no porão. Para além disso, o «Gluckauf» dispunha de válvulas de carga e descarga que podiam ser accionadas do convés, de tubagem de ligação intertanques e de um dispositivo que lhe permitia bombear água do mar para os tanques, a fim de assegurar o equilíbrio do navio durante o seu descarregamento ou quando navegava vazio. Este navio tornou-se célebre pelo desastre que ditou o seu fim e que ocorreu a 24 de Março de 1893 em Fire Island, nas proximidades da cidade de Nova Iorque. A sua tripulação foi, toda ela, salva pelo corpo de salva-vidas de Blue Point. Em inícios do mês seguinte, foi feita uma tentativa infrutífera para resgatar o navio; que, na sequência dessa operação falhada, acabou por permanecer durante muito tempo no lugar da encalhação. O navio alemão acabou, posteriormente, por ser engolido pelo mar, situando-se, hoje, a sua carcaça de ferro a profundidades que oscilam entre os 7,50 e os 30 metros.

Sem comentários:

Enviar um comentário