domingo, 5 de junho de 2016

«ANTONIO DA NOLI»

Contratorpedeiro da armada mussoliniana pertencente à classe 'Navigatori'; que compreendeu 12 unidades. Este navio (o segundo da série) foi construído nos estaleiros C.T. de Riva Trigoso e integrado no serviço activo da 'Regia Marina' a 29 de Dezembro de 1929. Foi-lhe atribuído o nome de um navegador do século XV, que serviu o infante D, Henrique e que teve papel de relevo na descoberta do arquipélago de Cabo Verde. Refira-se, a título de curiosidade, que o primeiro navio desta classe se chamou «Alvise Cadamosto», em homenagem a outro ilustre mareante itálico que se colocou sob as ordens do 5º filho de D. João I e de D. Filipa de Lencastre. O «Antonio da Noli» era um 'destroyer' que deslocava 2 693 toneladas (em plena carga) e que media 107 metros de comprimento por 10,20 metros de boca. O seu sistema propulsivo desenvolvia 50 000 hp, força que facultava a este navio uma velocidade de cruzeiro de 38 nós. Dispondo de uma guarnição constituída por 224 homens (quadro de oficiais incluídos), esta unidade ligeira estava armada com 6 peças de 120 mm, 2 'pom pom' de 40 mm, 8 metralhadoras de 13,2 mm e 6 tubos lança-torpedos de 533 mm. E, acessoriamente, podia transportar 56 minas. Durante a Segunda Guerra Mundial, o «Antonio da Noli» participou activamente em operações navais no Mediterrâneo, nomeadamente em missões de escolta. No dia 9 de Setembro de 1943, no estreito de Bonifácio (que separa a Sardenha da Córsega) chocou com uma mina e afundou-se. Do naufrágio resultaram 218 mortos. Sobreviveram 39  marinheiros. Nota : a construção dos navios da classe 'Navigatori' foi uma consequência da rivalidade entre potências mediterrânicas e a resposta dada pelos italianos ao surgimento dos navios franceses das classes ''Jaguar' e 'Guépard'.

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