sábado, 9 de janeiro de 2016
«SYLVANIA»
Paquete britânico, que pertenceu à frota da prestigiada companhia Cunard Line. Foi lançado à água em 1956 pelos estaleiros John Brown & Cº, a laborar no Clydebank (Escócia). Fez parte de uma classe de navios que compreendeu, igualmente, o «Saxonia», o «Ivernia» e o «Carinthia»; que deveriam rivalizar com as unidade da Canadian Pacific em serviço na linha Reino Unido-Montreal. A arqueação bruta do «Sylvania» aproximava-se das 22 000 toneladas. Media 185,40 metros de comprimento por 24,50 metros de boca por 8,90 metros de calado. O seu sistema de propulsão compreendia 4 turbinas a vapor e desenvolvia uma potência global de 18 227 cv. No início da sua carreira (a viagem inaugural ocorreu a 5 de Junho de 1957) podia transportar 878 viajantes, número que superaria os 900, quando, na década de 70, passou a funcionar como navio de cruzeiros. Isso, pelo facto de ter sido ultrapassado pela aviação comercial, que, por essa época, destronou o transporte marítimo de passageiros. A partir de então, chamou-se, sucessivamente, «Fairwind», «Sitmar Fairwind», «Dawn Pricess», «Albatros» e «Genoa» e mudou três vezes de bandeira, usando a liberiana e a das Baamas, depois de ter hasteado o pavilhão da marinha mercante do Reino Unido. O «Sylvania» foi vendido em Fevereiro de 1968 à Sitmar Line (depois absorvida pela P & O), que projectou colocá-lo na linha da Austrália, mas o plano abortou. Facto que determinou a sua incorporação na frota internacional de navios de cruzeiros. Como tal navegou em mares que, até então lhe eram desconhecidos, com milhares de turistas. Dois incidentes determinaram -nos anos 90- a sua retirada, após 40 anos de serviço. O primeiro deles foi um incêndio, ocorrido em 1995, nas águas do mar Vermelho, que obrigou a uma evacuação dos seus passageiros; o segundo, com as mesmas consequências, foi um encalhe, em 1997, nas ilhas Scilly. A decisão de o mandar para a sucata começou a desenhar-se na cabeça dos armadores, que, depois de mais um curto período operacional recheado de avarias, acabaram por mandá-lo para Alang, na Índia, onde o navio chegou com o seu derradeiro nome de «Genoa» para ser desmantelado. O que aconteceu em 2003.
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