segunda-feira, 14 de março de 2011

«OLYMPIAS»


Réplica de uma trirreme helénica do século V antes de Cristo. A sua construção (que foi seguida por especialistas da história naval grega e mediterrânica) foi realizada no Pireu entre 1985 e 1987. O navio mede 37 metros de comprimento por 5,50 metros de boca. Tem dois mastros que arvoram velas de pendão (como era usual naquele recuado tempo), um esporão revestido de metal e capacidade para poder receber 170 remadores, para além da gente de guerra. A réplica revelou ser um navio muito manobrável, embora frágil quando exposto a mar agitado. Calcula-se que os navios deste tipo tivessem uma autonomia de 200 km (distância limitada pelas reservas de mantimentos e de água potável que podiam carregar) e que a energia captada pelos seus aparelhos vélicoe e pela força desenvolvida pelos seus remeiros lhes proporcionassem uma velocidade de cruzeiro de 7,5 nós, com pontas que podiam rondar os 10. Esta trirreme transportou a chama olímpica, aquando da cerimónia de abertura dos J.O. de 2004, realizados em Atenas. Depois esteve nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha, onde alcançou um grande sucesso junto dos curiosos. Mas essas exposições, com provas náuticas, acabaram por danificar o navio. Em consequência dessas más experiências, o estado-maior da marinha de guerra grega (instituição à qual foi confiada a guarda do navio) decidiu, desde logo, exibi-la unicamente em exposições estáticas. Em 2005, a trirreme «Olympias» foi remetida para um espaço museológico. Onde espera a visita interessada dos apaixonados pela marinha dos gloriosos tempos de Salamina.

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