domingo, 13 de março de 2011

«FRANCONIA»


Segundo paquete (mas não o derradeiro) da frota da Cunard White Star a usar este nome. Foi construído em 1922 no estaleiro da firma John Brown & Cº, de Clydebank (Escócia), e realizou a sua viagem inaugural -entre Liverpool e Nova Iorque- no mês de Junho do ano seguinte. O «Franconia» deslocava 20 160 toneladas e media 190 metros de comprimento por 22 metros de boca. O seu sistema propulsivo era constituído por máquinas dotadas de turbinas a vapor e por 2 hélices. Podia navegar à velocidade máxima de 16,5 nós e transportar 1 700 passageiros, divididos por várias classes. Permaneceu na linha da América do norte (excepto no período invernal em que era usado para cruzeiros) até 1939, ano em que foi mobilizado pelas autoridades militares britânicas e adaptado ao transporte de tropas. Em 1929 estivera implicado num abalroamento (no porto chinês de Xangai) com uma canhoneira italiana e com um cargueiro japonês; e, dez anos mais tarde, foi protagonista de nova e azarenta colisão (nas águas de Malta) com o «Alcantara», um mercante também ele transformado e colocado ao serviço da ‘Royal Navy’. Depois de sofrer reparações num estaleiro do Reino Unido, o «Franconia» participou nas operações da Noruega (1940) e, mais tarde -durante a operação Ariel- evacuou do território francês combatentes da força expedicionária britânica; sendo, nessa altura, danificado pelo fogo dos alemães. Durante o conflito, este antigo paquete da Cunard ainda transportou tropas, que, segundo a conveniência das potências aliadas, foram desembarcadas na Índia, em Madagáscar, no norte de África, em Itália e nos Açores. Em 1945 coube ao «Franconia» transportar Churchill e a delegação britânica que participou na histórica Conferência de Ialta. E, depois do fim do conflito, o navio levou para a Europa, para os Estados Unidos e para o Canadá muitos milhares de antigos combatentes e de refugiados. Calcula-se que, durante a sua carreira bélica, o «Franconia» tenha percorrido cerca de 320 000 milhas náuticas e transportado perto de 190 000 militares. Devolvido à Cunard e à vida civil, o navio foi restaurado (no estaleiro que o construira) e recomeçou as suas carreiras entre Liverpool e a América do norte (Quebeque e Halifax, desta vez) em Junho de 1949. No verão de 1950, o «Franconia» encalhou na ilha de Orleães, no curso do rio São Lourenço, de onde foi removido, para continuar a manter-se activo até 1956. Nesse ano, foi retirado do serviço (ao mesmo tempo que o «Ascania», seu ‘sister-ship’) e vendido para demolição. O seu desmantelamento começou em Dezembro de 1956 em Inverkeithing (Escócia) e foi executado por uma empresa especializada nesse género de trabalhos.

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