terça-feira, 20 de março de 2018
«PALINURO»
Este navio foi construído em Nantes (pelos estaleiros Dubigeon) no ano de 1934 e chamou-se primitivamente «Commandant Louis Richard». É um antigo navio de pesca longínqua que, por conta da casa armadora Société des Pêches Malouines, operou nos bancos bacalhoeiros da Terra Nova. Teve um 'sister-ship' que foi baptizado com o nome de «Lieutenant René Guillon», registado, também ele, na capitania do porto de Saint Malo. O navio em apreço foi adquirido, em 1951, pela marinha de guerra italiana, para treino dos seus cadetes. Passou por uma transformação importante para poder cumprir a sua nova missão de navio-escola e recebeu, depois de pronto, o nome de «Palinuro», ou seja o de uma das personagens míticas (piloto de Eneias) da guerra de Tróia. Com casco de aço, o navio original deslocava 1 350 toneladas e media 69 metros de comprimento fora a fora por 9,20 metros de boca. O seu velame actual completa-se com 17 panos latinos, áuricos e redondos, totalizando 900 m2. Sempre esteve equipado com um motor auxiliar; que foi sendo substituído ao longo dos anos de serviço. A sua velocidade (recorrendo exclusivamente à energia eólica) é da ordem dos 8/10 nós. O seu porto de registo actual é o de Génova. A sua equipagem permanente é de 6 homens e, na sua presente configuração, o «Palinuro» pode receber 76 alunos e docentes. Para além da sua missão principal (a de formar futuros oficiais para a marinha militar) este belo veleiro desempenha (a par do pesado «Amerigo Vespucci») o papel de embaixador itinerante da armada e da República Italiana. Nota : pelo aparelho que apresenta, este navio receberia, em Portugal, a designação de lugre-patacho.
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