domingo, 18 de março de 2018

«ENTERPRISE»

Porta-aviões da armada dos Estados Unidos. Foi o primeiro navio do seu tipo dotado de propulsão nuclear. Foi construído nos estaleiros Newport News Shipbuilding, na Virginia (EUA). Entrou oficialmente ao serviço da US Navy no dia 25 de Novembro de 1961, após 4 anos de trabalhos de uma extrema complexidade. O «Enterprise» deslocava 85 000 toneladas (em plena carga) e media 341 metros de comprimento por 78 metros de largura máxima. O se calado era de 10,80 metros. Autêntica base de guerra flutuante, este gigantesco navio tinha uma guarnição de 5 600 homens. A sua propulsão era assegurada por 8 reactores de água pressurizada (que lhe proporcionavam uma potência de 280 000 cv), por 4 turbinas a vapor e por 4 hélices. Que asseguravam ao navio uma velocidade máxima de 34 nós. Do seu armamento defensivo constavam 2 baterias de lança-mísseis Sea Sparrow, 2 canhões anti-aéreos de 20 mm e 2 rampas para lançamento de mísseis RAM. Nos anos 2000 (O «Enterprise» foi desactivado em 2012) o seu contingente aéreo compreendia 85 aeronaves de vários tipos e valências : F-18, EA-6 'Prowlwer', E-2 'Hawkeye', S-3 'Viking' e 'Sea King' e 'Sea Hawk'. O raio de acção deste formidável navio (que pertenceu, sucessivamente às 2ª e 7ª esquadras) era praticamente ilimitado. Esteve em operações (com os seus poderosos meios aéreos) em diferentes teatros de guerra (Vietnam, golfo Pérsico, Bósnia-Herzegovina, Iraque, Afeganistão) e lugares onde a política imperial dos 'states' era contestada, como, por exemplo, em águas de Cuba, aquando da chamada 'Crise dos Mísseis' (Outubro de 1962). O «Enterprise» esteve (em 1962) implicado na missão 'Friendship 7', dando apoio ao primeiro voo orbital dos norte-americanos, do qual foi principal protagonista o astronauta John Glenn. E participou, em 1964, na missão 'Sea Orbit', que viu a primeira força naval nuclear realizar uma circum-navegação da Terra sem assistência externa. As horas mais sombrias da história deste titã dos mares ocorreram (quando o navio operava em águas do Havaí) no dia 14 de Janeiro de 1969 : oito explosões acidentais a bordo mataram cerca de 30 dos seus tripulantes, feriram 100 outros e provocaram estragos importantes a bordo, de entre os quais se salientam a destruição completa ou parcial de 15 aeronaves. A desnuclearisação e desmantelamento deste navio (CVN-65) prossegue, desde 2013, no estaleiro que o construiu. Entretanto, outros porta-aviões (ainda mais gigantescos) substituiram o «Enterprise» no seio da armada dos Estados Unidos, tais como os navios da classe 'Nimitz'.

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