sexta-feira, 18 de setembro de 2015

«BAMBARA»

Este navio (um 'destroyer') navegou de 1943 a 1950 com as cores da armada dos Estados Unidos e com o primitivo nome de «Swearer» (DE-186). Pertenceu à classe 'Cannon', da qual foram realizados 72 exemplares durante o segundo conflito generalizado e no imediato pós-guerra. Participou -no oceano Pacífico- nos combates finais da guerra nipo-americana. No início da década de 50, foi vendido à marinha de guerra francesa (com mais 13 outras unidades idênticas), que quis, assim, reforçar as suas esquadras, muito abaladas pelos anos de ocupação nazi do país. O navio tomou, então o nome de «Bambara» (e o indicativo de amura F 719) e foi integrado (enquanto navio de luta anti-submarina) nas forças navais do Mediterrâneo, com base em Mers-el-Kebir, na Argélia. Construído em 1943, pelos estaleiros da  companhia Federal Shipbuilding & Drydock, de Newark (Nova Jérsia), este navio deslocava 1 650 toneladas e media 93,70 metros de longitude por 11,60 metros de boca. A propulsão do «Bambara» era assegurada por um grupo de 4 motores diesel-eléctricos (acoplado a 2 hélices), que desenvolvia uma potência global de 6 000 hp e que lhe garantia uma velocidade máxima de 21 nós. Do seu armamento constavam 3 canhões de 76 mm, 3 reparos equipados com peças de 40 mm e 14 calhas de lançamento de granadas anti-submarinas. Estava equipado com radares e com sonares. Da sua guarnição faziam parte 120 sargentos e praças, para além do corpo de oficiais de enquadramento. No seu historial figura uma bem sucedida operação de busca e salvamento, levada a cabo no Mediterrâneo, que permitiu salvar a vida a dois pilotos militares que, após acidente, caíram ao mar. Como muitos outros navios adquiridos no estrangeiro, em segunda mão, o «Bambara» foi uma dessas unidade de transição, que, pouco a pouco, seria substituída por navios -de fabrico nacional-  mais modernos e melhor adaptados às necessidades espeficidades da armada gaulesa. Este navio foi retirado do activo e desmantelado em 1959. Curiosidade : o seu nome foi-lhe atribuído em homenagem a um numeroso grupo étnico (com língua própria) da África Ocidental, com particular relevância no Mali.

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