segunda-feira, 22 de abril de 2013

«OPAWA»

O 'clipper' «Opawa» foi construído (com casco de aço) em 1876 nos estaleiros da firma Alexander Stephens & Sons, de Glásgua. Com os seus 'sister ships' «Piako» e «Wanganui», o navio em apreço foi um dos últimos veleiros a ser realizado por essa reputada empresa escocesa de construção naval, instalada na foz do rio Clyde. O «Opawa», com 1 131 toneladas de arqueação bruta, media 65,50 metros de comprimento por 10,30 metros de boca, e os seus 3 mastros envergaram, sucessivamente, velames configurados em galera e em barca. Este elegante navio pertenceu ao armador New Zeland Shipping Cº e foi colocado na linha Londres-Nova Zelândia. Durante a sua carreira, efectuou 22 viagens redondas entre o Velho Mundo e aquele arquipélago dos antípodas, para onde levou muitas centenas de emigrantes europeus e produtos das manufacturas britânicas. Trazendo nas viagens de regresso à Europa produtos locais. A viagem mais rápida do «Opawa» entre a capital do império britânico e a Nova Zelândia ocorreu em 1880 e durou, apenas, 81 dias, com chegada a Lyttelton. Transportou, nessa ocasião, 197 pessoas, que escolheram estabelecer-se, a título definitivo, naquela longínqua terra. Sete outras viagens deste 'clipper', reputado pela sua velocidade, foram efectuadas em menos de 90 dias. Em 1895, produziu-se a bordo deste veleiro um caso verdadeiramente insólito : o seu capitão (um oficial da marinha mercante chamado Mathers) foi acometido de súbita loucura e atirou-se ao mar, morrendo afogado. Quatro anos mais tarde, em 1899, o navio foi vendido à casa armadora Stray S.O. (da Noruega), que lhe deu o novo nome de «Aquila» e prosseguiu a sua exploração comercial. O ex-«Opawa» foi afundado no dia 14 de Março de 1917 (viviam-se, então, os tempos trágicos da 1ª Guerra Mundial) pelo submarino germânico «U-53». O navio, que seguia sem carga a bordo, partira de Aberdeen (Escócia) para o porto de Savannah (Geórgia, EUA) e a sua tripulação logrou salvar-se do ataque tudesco que vitimou o seu veleiro.

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