domingo, 21 de abril de 2013

«INFANTE DON PELAYO»

///////////// O navio de linha «Infante Don Pelayo» foi construído em 1791 no arsenal de Havana (ilha de Cuba). Pertencia à classe 'San Ildefonso' e integrou a armada espanhola no ano seguinte. Como todos os 'ildefonsinos', este vaso de guerra deslocava 2 750 toneladas, media 52 metros de comprimento por 14,50 metros de boca e estava armado com 74 canhões distribuídos por 2 cobertas. A sua propulsão era assegurada por velas (essencialmente redondas), que vestiam os seus 3 mastros e que lhe garantiam -em condições de tempo favoráveis- uma velocidade máxima da ordem dos 14 nós. A sua guarnição era constituída por 640 homens, entre marinheiros e soldados. O «Infante Don Pelayo», tal como os outros navios da sua classe, foi desenhado por Fernandez de Landa e era um bom exemplo de equilíbrio, pois combinava estabilidade com velocidade. No seu historial, destaca-se uma participação gloriosa -sob o mando do 'capitán de navíos' Cayetano Valdés- na batalha naval do cabo São Vicente (travada a 14 de Fevereiro de 1797 ao largo das costas algarvias), onde, mercê de manobras arriscadas (e de 4 mortos e 4 feridos graves), este navio logrou salvar o «Santisima Trinidad» de cair nas mãos dos britânicos. Entre 1797 e 1799, o «Don Pelayo» (simplificação do seu nome, frequentemente usada) participou nas numerosas acções de guerra ocorridas aquando do bloqueio de Cádiz pelos navios da 'Royal Navy'. E, em 1802, este soberbo navio foi transferido para as armadas napoleónicas, onde passou a usar o designativo de «Desaix». Foi retirado do serviço activo em 1804 e, posteriormente, desmantelado. A ilustração anexada a este texto representa um navio idêntico ao «Infante Don Pelayo».

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