domingo, 23 de setembro de 2012

«IERAX»


Contratorpedeiro da armada real helénica comprado, em 1912, aos estaleiros britânicos Camell Laird, de Liverpool por uma soma e 148 000 libras. Este navio era um contratorpedeiro de 880 toneladas (de deslocamento), que media 89,40 metros de comprimento por 8,30 metros de boca. A sua propulsão era assegurada por 5 caldeiras (4 a carvão e 1 a funcionar com combustível líquido), que produziam uma força capaz de conferir a este navio uma velocidade máxima de 32 nós. Este ‘destroyer’, que inicialmente se destinava à armada argentina, foi entregue aos Gregos no porto de Palermo (Sicília), onde arribou com uma tripulação estrangeira. O «Ierax» participou na guerra dos Balcãs ao lado das forças da Tríplice Aliança. Devido às hesitações da Grécia, que só tardiamente entrou nessa coligação, este navio (como, aliás, outras unidades da sua armada) foi confiscado pelos Franceses, em cuja marinha de guerra serviu entre 1917 e 1918. Neste último ano acabou por ser devolvido ao seu legítimo proprietário, tendo servido, essencialmente no mar Egeu, como navio de escolta. O contratorpedeiro «Ierax» participou activamente, em 1918, na evacuação de cidadãos helénicos de território russo, aquando da guerra civil que opôs os sovietes aos seus adversários ‘brancos’. E participou, também, no conflito greco-turco de 1919 a 1922. Remodelado inteiramente entre 1925 e 1927, este navio da armada grega ainda se viu implicado nos primeiros combates que levaram à ocupação da Pátria da Democracia pelas forças nazis; mas que, devido à desproporção de forças, se viu obrigado a abandonar o combate e a refugiar-se na base britânica de Alexandria (no Egipto). Em meados de 1944, parte significativa da guarnição do «Ierax» aderiu a uma revolta dos marinheiros, que responderam positivamente a um apelo do partido ELAS (comunista), que chamava à resistência (nas montanhas da Grécia) contra o ocupante hitleriano. Após o fim do conflito, em 1946, este navio foi desactivado e desmantelado. O «Ierax» integrava a classe 'Thiro', da qual fizeram parte, igualmente, os navios gregos «Panthir» e «Aetos». Da panóplia de armas inicial destes contratorpedeiros faziam parte 4 canhões de 102 mm, 1 peça AA de 75 mm e 6 tubos lança-torpedos de 533 mm. Mas esse armamento foi modernizado ao longo da vida activa dos mesmos. No caso do «Ierax», essa actualização foi feita em 1925 e em 1942.

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