domingo, 13 de maio de 2012

«PIERRE LOTI»


Assim chamado para homenagear o autor do conhecido romance «Pêcheur d’Islande», este navio (realizado segundo o modelo do «Amiral Courbet», construído a 30 exemplares nos estaleiros de França) foi lançado à água, no primeiro dia de Fevereiro de 1901, pelos Chantiers Nantais de Chantenay. Era uma barca de casco de aço e com três mastros encomendada pela casa armadora Norbert & Claude Guillon, de Nantes, porto bretão onde o veleiro ficou registado. Deslocava 3 100 toneladas e media 84,70 metros de longitude por 12,26 metros de boca. Para além do já citado armador, o «Pierre Loti» teve dois outros proprietérios, que foram a Société Nouvelle d’Armement, à qual foi vendido em 1909, e a Société Générale d'Armement, que o adquiriu para a sua frota em 1912. Este belíssimo navio serviu, sobretudo, nas ligações comerciais entre a Europa e os portos do Chile e da Califórnia, com passagem obrigatória pela difícil rota do cabo Horn. No dia 27 de Janeiro de 1915, depois de ter largado de San Francisco com um carregamento de cereal (cevada) e de já estar a navegar no Atlântico sul (encontrava-se sensivelmente a meia distância das costas sul-americanas e do arquipélago de Tristão da Cunha), o «Pierre Loti» foi interceptado e intimado a parar pelo cruzador germânico «Prinz Eitel Friedrich» (que pouco antes havia participado, integrado na esquadra do almirante von Spee, na batalha de Coronel); vistoriado e pilhado pelos alemães, que cativaram a sua tripulação, o veleiro francês foi afundado com o auxílio de uma mina. Os prisioneiros foram desembarcados -pelos agressores- a 10 de Março de 1915 no porto neutro de Newport News (na Virgínia, E.U.A.), de onde transitaram para o Havre, via Nova Iorque.

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