sábado, 19 de maio de 2012

«LADY ELIZABETH»


Barca de três mastros e casco em aço construída em 1879 pelos estaleiros Robert Thompson Jr, de Sundernand, na Inglaterra. Destinada à carga geral, apresentava uma arqueação bruta de 1 208 toneladas e media 68 metros de comprimento por 10,70 metros de boca. Teve vários proprietários, sendo o primeiro de todos eles o armador londrino John Wilson, que conservou o veleiro até 1886. O segundo, também britânico, foi John C. Karran, que registou o navio na ilha de Man e o utilizou até 1906. Seguiu-se o armador norueguês L. Lydersen, que guardou o «Lady Elizabeth» até 1913 e o fez usar temporariamente a bandeira do seu país. Nesse ano voltou, de novo, a mãos britânicas, já que foi vendido, nas Malvinas (lugar para onde já havia navegado em 1889, transportando materiais para a construção da catedral de Port Stanley e para um outro templo local), à Falkland Island Company, quando arribou acidentalmente ao arquipélado na sequência de medonho temporal que muito o castigou. Temporal que também causou a perda de quatro dos seus tripulantes aquando da passagem do cabo Horn. O navio, que foi usado como armazém flutuante até 1936, está encalhado numa praia local (Whale Bone Cove) esperando uma decisão (que tarda) sobre o seu futuro. Que passaria, segundo os desejos da população residente, pela sua transformação em museu. A falta de verbas tem, no entanto, inviabilizado esse louvável projecto. Curiosidades : A derradeira viagem do veleiro «Lady Elizabeth» ocorreu (em 1913) entre Vancouver e Moçambique, colónia portuguesa para onde ele se dirigia com um carregamento de madeiras do Canadá. Durante a guerra com a Argentina, uma unidade britânica do SAS serviu-se do casco do navio como esconderijo diurno e lugar de planeamento de operações de comando, que essa tropa de elite punha em prática durante a noite.

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