sábado, 16 de setembro de 2017

«SANGAMON»

Porta-aviões de escolta pertencente à armada dos Estados Unidos da América. Usou o indicativo de amura CVE-26. Deu o seu nome a uma classe de navios, que também compreendeu o «Sawannee», o «Chenando» e o «Santee»; todos eles realizados a partir dos cascos de outros tantos petroleiros do tipo T3, cujos projectos foram abandonados devido às ameaças de guerra e à necessidade urgente de dotar a marinha militar dos 'states' com novos porta-aviões ligeiros. O navio que resultou neste porta-aeronaves deveria chamar-se ««Esso Trenton». A realização do «Sangamon» ficou a cargo dos estaleiros da empresa Federal Shipbuilding and Dry Dock Company (de Kearny, Nova Jérsia»), que o lançaram à água no dia 4 de Novembro de 1939. Mas só integrou oficialmente os efectivos da armada estadunidense no ano seguinte. Era um navio que deslocava, em plena carga, 24 665 toneladas e que media 169 metros de comprimento por 34,82 metros de largura. O seu calado atingia a cota dos 9,86 metros. A sua propulsão era assegurada por um sistema de turbinas e caldeiras a vapor e por 2 veios. O dito beneficiava de uma potência de 13 500 ch, que lhe podia imprimir uma velocidade máxima de 18 nós e disponibilizar um raio de acção de 23 900 milhas náuticas com andamento reduzido a 15 nós. Este navio estava armado com 18 peças de artilharia de diferentes calibres, 12 das quais (de 20 mm) estavam vocacionadas para a defesa antiaérea. Podia embarcar até 31 aeronaves.  A sua guarnição completa era de 1 080 homens, incluindo o corpo de oficiais. Durante a 2ª Guerra Mundial, o «Sangamon» esteve presente nas campanhas do Atlântico, mas em 1942 voltou ao estaleiro para receber beneficiações de vários níveis.  Depois, esteve na Operação Torch, no norte de África, onde forneceu, com os seus aviões, apoio aéreo às tropas aliadas que ali tomaram pé. Em seguida foi mobilizado para o Pacífico, vasto teatro de operações, onde deu protecção a desembarques das tropas norte-americanas e participou nas batalhas do mar das Filipinas (Leyte, Serigao, etc) e em muitos outros letais combates contra as forças japonesas, como, por exemplo, os de Okinawa. Sofreu vários ataques directos do inimigo, nomeadamente por parte de aviões-suicidas, os temíveis 'kamikazes'. Sofreu mortos, feridos e desaparecidos nesses combates e perdeu aeronaves, mas sobreviveu ao conflito. Ganhou várias condecorações, entre as quais se destacam 8 'Battle Stars' e os seus 3 grupos aéreos foram citados pelo presidente dos EUA. Este navio encontrava-se em reparação no arsenal de Norfolk (Virgínia), quando ali chegou a notícia da rendição incondicional dos nipónicos. Os trabalhos foram interrompidos imediatamente e, no mês de Outubro de 1945, foi ordenada a sua desactivação. Vendido a particulares (que o modificaram, obviamente, para o serviço mercante) o navio acabou por ser enviado para o ferro-velho em 1960, tendo sido desmantelado num estaleiro especializado de Osaka, no Japão.

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